Centro de Campo Grande "assiste" fechamento de 2,6 mil empresas em 7 anos
Levantamento inclui o quadrilátero formado pela Rui Barbosa, Calógeras, 26 de Agosto e Avenida Mato Grosso
A crise econômica no coração da cidade se aprofundou nos últimos 7 anos. Levantamento mais recente da CDL Campo Grande mostra que 2.613 empresas foram fechadas no quadrilátero central formado pelas ruas Rui Barbosa, Calógeras, 26 de Agosto e Avenida Mato Grosso — uma área historicamente conhecida por abrigar a maior concentração de comércio.
RESUMO
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Campo Grande enfrenta crise econômica no centro da cidade, com fechamento de 2.613 empresas entre 2018 e 2025. A área central, delimitada pelas ruas Rui Barbosa, Calógeras, 26 de Agosto e Avenida Mato Grosso, viu o número de empresas ativas cair 75,9%, impactando os setores de comércio e serviços. O ticket médio do consumidor também sofreu queda, passando de R$ 162 para R$ 48 no mesmo período. Fatores como o fechamento da antiga rodoviária, a Lei da Cidade Limpa, as obras do Reviva Centro, a perda de vagas de estacionamento, o crescimento do e-commerce, a digitalização bancária e a tendência das "cidades de 15 minutos" contribuíram para o declínio. A CDL Campo Grande destaca a urgência de revitalizar o centro, considerando o impacto na vida de trabalhadores, comerciantes e moradores que dependem da atividade econômica local.
Entre 2018 e 2025, o número de empresas ativas no quadrilátero caiu de 3.439 para 826, redução de 75,9%. No segmento de comércio eram 1.971 e caiu para 394; e no segmento de serviços, de 1.439 para 432. A situação ocorre mesmo após investimentos significativos em requalificação, como os mais de R$ 60 milhões aplicados no programa Reviva Centro.
O ticket médio gasto por consumidor também teve retração. Em 2018, eram R$ 162 gastos e em 2025, caiu para R$ 48. Em relação as vagas de estacionamento, foi estimada mais de 800 perdidas.
“É hora de olhar para o centro de Campo Grande não como um retrato do passado, mas como uma possibilidade de reconstrução econômica e social concreta. É imprescindível que se reconheça que ali vivem e sobrevivem trabalhadores, comerciantes, ambulantes, prestadores de serviço e famílias inteiras, que dependem diariamente da atividade econômica local. O centro não pode mais esperar”, pontuou o presidente da entidade, Adelaido Vila.
Ainda de acordo com ele, os principais fatores que contribuem para este cenário incluem: fechamento da antiga rodoviária; Lei da Cidade Limpa, que eliminou as fachadas tradicionais da Rua 14 de Julho; obras prolongadas do Reviva Centro, com impacto direto na mobilidade e faturamento do comércio; perda massiva de vagas de estacionamento e ausência de rotativo eficiente; avanço do e-commerce, que passou a representar 16% do consumo nacional; digitalização bancária; e a emergência das “cidades de 15 minutos”, impulsionada pela pandemia e pelo home office, que fortaleceu o comércio de bairro.
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