ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 25º

Economia

Clientes enfrentam chuva na espera por abertura de agências

Sindicato pontua que a cada dia de negociação uma ação diferente será feita pela categoria

Danielle Valentim e Miriam Machado | 22/08/2018 11:53
Campanha atrasou a abertura e clientes desavisados formaram filas. (Foto: Marina Pacheco)
Campanha atrasou a abertura e clientes desavisados formaram filas. (Foto: Marina Pacheco)

A paralisação de uma hora organizada pelo SEEBCG-MS (Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região) deixou clientes esperando na chuva nesta segunda-feira (22). Na Avenida Eduardo Elias Zahran, a única agência que abriu o hall, foi a da Caixa Econômica Federal.

Uma campanha nacional dos bancários atrasou a abertura e clientes desavisados formaram filas. A reportagem percorreu a avenida e constatou que no Itaú as pessoas esperavam ao lado de fora, na Caixa os usuários aguardam abertura no hall e, no Banco do Brasil e Santander, poucos clientes aguardam o início dos atendimentos.

O serralheiro Elias Manoel de Paula preferiu não enfrentar a chuva. “Eu trabalho no Rita Vieira e o banco do Itaú da Zahran é o mais próximo. Mas como falta meia hora vou em casa almoçar”, disse.

A clientes Vera Borges só foi até a agência do Banco do Brasil trocar dinheiro. “Lá dentro me explicaram que a mobilização é por aumento de salário e se for por esse motivo eu apoio e como só vim trocar as cédulas vou procurar outra”, disse.

O pedreiro Sidiney Hortência da Costa procurou o banco Itaú para pagar conta. “Eu nem estava sabendo, mas o jeito é esperar, ainda bem que não está chovendo forte”, disse.

Protesto - Ao Campo Grande News, a secretária de Finanças do sindicato, Neide Maria Rodrigues, explicou que a cada dia de negociação uma ação diferente será feita pela categoria. Ontem, os diretores do SEEBCG-MS percorreram as agências da Capital para conscientizar os bancários sobre a situação e hoje os bancos que ficam na Zahran abrirão com uma hora de atraso.

Enquanto isso, representantes dos bancários de todo Brasil se reúnem com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) em São Paulo para uma nova tentativa de negociação. Nesta terça-feira, a Fenaban apresentou uma nova proposta com 0,5% de aumento real por dois anos, que foi rejeitada pela categoria.

Para os bancários, o percentual não é apenas abaixo do que a categoria espera, mas também menor do que os banqueiros podem pagar, “considerando os lucros recordes de R$ 47,4 bilhões no ano passado e R$ 31,6 bilhões só no primeiro semestre de 2018”.

Hoje a categoria pede um ganho real de 5% e a garantia dos direitos adquiridos na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho). “Todos os anos assinamos um pré-acordo que garante a CCT, mas por conta das novas leis trabalhistas eles se negam a assinar. O que queremos, principalmente, é a garantia dos direitos dos empregados”, defende.

Segundo Neide, a data-base para a assinatura do CCT é 31 de agosto, se até lá não houver avanço nas negociações, a categoria entrará em greve. “Queremos esgotar as propostas que contemplam a categoria, mas se não houver mudança vamos entrar em greve”, afirmou Rodrigues. As rodadas de negociação devem acontecer até quinta-feira (23).

Nos siga no Google Notícias