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Economia

Com 7,3 mil professores fora das salas de aula, prefeitura vai revisar licenças

Folha de convocados custou R$ 7 milhões no ano passado; gasto com substituição é equivalente à contratação de 7,3 mil, diz secretário

Anahi Zurutuza e Danielle Valentim | 27/02/2019 14:14
Alunos e professores da educação infantil em escola da Rede Municipal de Ensino (Foto: PMCG/Divulgação)
Alunos e professores da educação infantil em escola da Rede Municipal de Ensino (Foto: PMCG/Divulgação)

Com cerca de 60 mil atestados que justificaram faltas de 7,3 mil professores fora das salas de aula – mesmo que por pouco tempo –, a Prefeitura de Campo Grande vai revisar esses afastamentos, de quem já voltou e dos profissionais ainda afastados. Este foi um dos temas abordados durante audiência pública na Câmara, onde a administração municipal prestou contas do 3º quadrimestre de 2018.

O secretário de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, explicou que ainda não há prazo para que o processo de revisão das licenças comece. “Ainda não há previsão para início. Primeiro que é um número muito grande e temos de tomar bastante cuidado para não cometer nenhum tipo de injustiça, mas é um problema de recursos humanos que temos”, explicou.

O assunto entrou na pauta porque segundo o secretário, o excesso de faltas e licenças dos servidores onera a folha de pagamento e têm impacto negativo para o orçamento, uma vez que as faltas são remuneradas e a prefeitura tem de chamar substitutos.

O secretário explicou que com os gastos para cobrir as faltas dos 60 mil atestados médicos apresentados à Semed (Secretaria Municipal de Educação) no ano passado, seria possível contratar 7,3 mil professores com carga de 20 horas por semana.

Pedrossian fez questão de detalhar que a folha dos professores convocados, por exemplo, chega a quase R$ 7 milhões.

“O prefeito preocupado com isso pediu para que a equipe desse alguma resposta. No ano passado publicamos um novo decreto para reestruturar a perícia médica. A reestruturação ainda está sendo implantada”, detalhou o secretário.

O chefe da pasta de Finanças disse entender que a depressão, por exemplo, é o mal do século e que é uma das doenças que mais atinge profissionais da área da Educação, mas diz que o número de afastados no serviço público “é muito maior que o da iniciativa privada”.

“Uma coisa é que servidor pode estar doente, outra coisa é que os critérios para a concessão da licença estejam defasados e além dos critérios, pode ser que a perícia tenha que melhorar. Então, é uma coisa que deve ver com muito cuidado para não cercear o direito de ninguém”, completou Pedrossian dizendo esperar que a revisão comece ainda neste primeiro semestre.

#matéria atualizada às 15h25 para correção de informações

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