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Economia

Com economia instável, abertura de empresas em MS cai 14% em abril

Caroline Maldonado | 20/05/2015 11:56
Nos quatro primeiros meses do ano, número de empresas abertas caiu 9,9%, em relação ao mesmo período de 2014 (Foto:
Nos quatro primeiros meses do ano, número de empresas abertas caiu 9,9%, em relação ao mesmo período de 2014 (Foto:

O número de empresas abertas em Mato Grosso do Sul caiu 14% em abril, em relação ao mesmo período de 2014, passando de 586 para 503. Dados da Jucems (Junta Comercial do Estado de Mato Grosso do Sul) mostram que apenas em março os novos empreendedores se mostraram mais confiantes para formalizar o negócio, quando o volume de novas empresas cresceu 35%, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

No entanto, na soma dos quatro primeiros meses do ano, a retração é de 9,9%. O número caiu de 2.300 para 2.071. O comportamento dos empresários é reflexo do cenário político econômico do país, na avaliação do presidente da Jucems, Augusto César Ferreira. “O ajuste orçamentário em âmbitos municipal, estadual e federal gera momento de expectativa, de aguardar as definições para depois empreender, porque isso pressupõe riscos”, comenta.

A alta na quantidade de abertura de empresas em março surpreendeu, já que o cenário de instabilidade política se arrasta desde meados do passado. Em contrapartida, os dados relativos ao fechamento de empresas confirma o momento negativo.

Nesse mesmo período, foram extintas 190 empresas, contra 93 do mês de março de 2014, o que representa aumento de 104%. De janeiro a abril deste ano foram fechadas 629 empresas, número 19% superior ao constatado nos quatro primeiros meses do ano passado, quando 528 encerraram as atividades.

A precaução é válida, na opinião do presidente da entidade. “Uma decisão do governo leva a empreender e outra, em seguida, leva a esperar. Então, as pessoas preferem aguardar. A poupança com índices baixos também reflete. É um conjunto de fatores, em que o mercado fica muito volátil nesse momento”.

Segundo Augusto, não há um levantamento com foco nos segmentos aos quais pertencem as empresas abertas, mas é a criação delas depende muito da atividade. “No ramo da alimentação, por exemplo, abrem mais empresas nos bairros, mas ao mesmo tempo fecham outras no Centro”, comenta, ao lembrar que a disponibilidade de recursos, influenciada pela restrição ao crédito, é outro fator que impacta no empreendedorismo. “Além disso, a cadeia produtiva de vários negócios também sofre com o cenário econômico e implica na abertura de empresas”.

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