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Economia

Com ou sem promoção, compra de presentes deve somar R$ 163 milhões

Luciana Brazil | 24/09/2013 15:34
Menina de 3 anos já sabe muito bem o que quer. (Fotos: Cleber Gellio)
Menina de 3 anos já sabe muito bem o que quer. (Fotos: Cleber Gellio)

No Dia das Crianças, consumidores devem movimentar no comércio de Mato Grosso do Sul R$163,3 milhões, segundo pesquisa divulgada hoje (24) pela Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul). A expectativa é que 84% dos consumidores auxiliem no aquecimento da economia e saiam às compras. Em Campo Grande, a data deve injetar R$ 42,5 milhões no comércio.

Parte dos consumidores aposta nas promoções que são feitas pouco antes da data, e os mais apressados já começam a comprar os presentes, como se vê nas ruas da Capital. De acordo com a pesquisa, os descontos são apontados por 21,7% dos entrevistados como item decisivo para a compra.

O valor médio do presente em Mato Grosso do Sul será de R$ 119,00, segundo a pesquisa, feita em parceria com a Universidade Anhanguera Uniderp e com a Fundação Manoel de Barros.

Na capital, as pessoas devem gastar mais na hora de presentear. O valor médio, segundo a pesquisa, é de R$ 131.

Os números são inferiores ao do ano passado, quando 86% da população foram às compras e injetaram R$ 173 milhões no comércio. Já o valor médio do presente subiu em relação a 2012, quando a média foi de R$112, 00.

Segundo o presidente da Fecomércio, Edison Ferreira de Araújo, os valores são resultado da alta na inflação que tem apertado o custo de vida, além do comprometimento da renda familiar.

“Estamos com um elevado comprometimento de renda, porque as famílias investiram em bens duráveis e a inflação também tem pressionado o custo de vida”, explica o presidente da Fecomércio MS, Edison Ferreira de Araújo.

A pesquisa ouviu 2 mil consumidores, entre dos dias 4 e 11 de setembro, em Aparecida do Taboado, Aquidauana, Anastácio, Campo Grande, Chapadão do Sul, Corumbá, Ladário, Dourados, Naviraí, Paranaíba, Ponta Porã, São Gabriel do Oeste e Três Lagoas.

Entre os entrevistados, a maioria (45,4%) pretende comprar brinquedo no Dia das Crianças. Ao todo, 27% dos consumidores garantem que vão comprar roupas e 14,2% vão comprar calçados e acessórios. Eletrônicos tiveram 4,1% da preferência dos consumidores. Pouco mais de 3% vai presentear dando celulares.

A maior parte dos consumidores ouvidos pela pesquisa indicou que vão pagar a vista. Dos entrevistados, 27,1% vai pagar usando o cartão de crédito.

A pesquisa revelou ainda que neste ano as crianças querem ganhar brinquedos e eletrônicos, como equipamentos de jogos, aparelhos portáteis de som, brinquedos teleguiados, entre outros. Já os adolescentes preferem os celulares, de preferência os mais modernos. Dados apontam que crianças cada vez mais novas querem ganhar celulares, como jogos e músicas.

Missionários de uma igreja evangélica já garantem os presentes para as crianças da comunidade.
Missionários de uma igreja evangélica já garantem os presentes para as crianças da comunidade.
Com 3 anos o menino Guilherme ainda pode ganhar uma bicicleta.
Com 3 anos o menino Guilherme ainda pode ganhar uma bicicleta.

Consumidores: A dona de casa Raquel da Silva Velasques, 34 anos, mãe de dois filhos, é a prova de que muita gente já está comprando os presentes. “Já estou comprando por causa do preço e encontrei o que o meu filho queria, está muito barato e eu já aproveitei”, contou, já na fila para pagar.

Pressionados pelos pedidos, os pais confessam que sempre acabam levando alguma coisa para os pequenos, mesmo quando não existe nenhuma data comemorativa. É como conta a outra dona de casa Silvana Morteiro, 41 anos. Enquanto a filha Mirian Clara, 3 anos, olhava a fileira de bonecas, a mãe se entregava aos apelos comerciais. “São tantas bonecas, ela sempre quer uma. Vou ter que levar. Mas ela já chega em casa e abre o presente. Para o Dia das Crianças, vou ter que comprar outra”.

Ela garante que geralmente prefere fazer as compras alguns dias antes da data, já que pode pesquisar melhor o preço. “Mas é como dizem: para filha da gente, a gente não vê o preço”.

Morador de Coxim e acompanhado pelo filho Luiz Guilherme, de 3 anos, o piloto Luis Sigarini, 49 anos, aproveitou para comprar o presente dos dois filhos, entre eles uma menina.

Questionado se este já era o presente para o Dia das Crianças, ele diz que "Não necessariamente". "Se houver pesquisa de preço, o presente poderá ser ainda melhor. A intenção é dar uma bicicleta, ou no Dia das Crianças ou no final do ano", disse o piloto que vem com frequência à Capital.

Missionários em uma igreja evangélica de Campo Grande, o casal Aparecida Quadros, 52 anos, e Geraldo Martins, 53 anos, já estava levando os presentes para 32 crianças da comunidade Jerusalém Avivamento.

“Estamos lavando os presentes para garantir o melhor preço. Quando vai chegando perto da data, os preços ficam mais altos”, disse Aparecida.

A costureira Maria do Carmo, 54 anos, disse que por enquanto só vai acompanhando os preços. Avó de quatro netos, ela diz que sempre deixa para comprar os presentes um dia antes. “Eles ficam esperando o presente. Não pedem, não. Com qualquer um eles ficam felizes. O importante é que tem que ter”.

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