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Economia

Consumidor deve ter duplo impacto com redução na conta de energia

Aline dos Santos | 11/09/2012 12:50

No entanto, efeito no bolso dos clientes depende de fiscalização

Redução foi anunciada hoje em Brasília. (Foto: Wilson Dias/ABr)
Redução foi anunciada hoje em Brasília. (Foto: Wilson Dias/ABr)

A redução na conta da energia elétrica deve ter duplo impacto para os consumidores. No entanto, o efeito no bolso dos clientes depende de fiscalização para que a indústria, de fato, aplique no valor final do produto a redução no custo de produção.

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Economia, Volmir Meneguzzo, o primeiro impacto será percebido pelo consumidor na conta de luz que, sem dois encargos e a redução de um deles, pode ter redução de até 16,2% a partir de 2013.

Já a redução para o setor industrial, que chega a 28%, também deve se traduzir em preços menores. A exemplo do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), cuja redução barateou o preço do veículo zero quilômetro.

“O IPI é um paliativo. A redução na tarifa de energia tem capilaridade muito maior. Chega ao micro e pequeno empresário, ao empreendedor individual, à indústria, ao setor do comércio”, explica o economista.

Ele avalia que a consolidação desse efeito final – redução no preço das mercadorias – depende de fiscalização do governo, função que poderia ser desempenhada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Encargos – Hoje, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciaram o fim da cobrança do CCC (Conta de Consumo de Combustíveis) e a RGR (Reserva Global de Reversão). Já a CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) será reduzida a 25% do valor atual.

Conforme Meneguzzo, a redução nos encargos é uma cobrança antiga do setor industrial. Porém, alerta que o governo terá que se mobilizar para manter a expansão da rede, pois a baixa capacidade energética é estrangulamento em diversas regiões.

Segundo a Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), a medida vai aumentar a competitividade das indústrias sul-mato-grossenses. O Estado é o 4º no ranking das tarifas mais caras do país. Com a redução, as indústrias podem investir mais, dado que a participação da energia elétrica no custo de produção vai de 3% a até 30%.

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