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Economia

Corte de cabelo tem alta de 16% e clientela busca alternativas

Caroline Maldonado | 24/08/2014 10:58
Maria acredita que beleza não pode ser prioridade (Foto: Marcelo Calazans)
Maria acredita que beleza não pode ser prioridade (Foto: Marcelo Calazans)

Cortar os cabelos nos salões de beleza de Campo Grande ficou até 16% mais caro para homens e mulheres e 14% para as crianças, desde abril. Conforme pesquisa realizada Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas) da Universidade Anhanguera-Uniderp, quem pagava R$ 30, agora paga R$ 35 e quem já desembolsava R$ 70, chega a gastar até R$ 80 somente com o corte. Com isso, os campo-grandenses procuram alternativas para manter o visual sem gastar muito.

A vendedora Talita Takari de Campos, 17 anos, que até o mês de maio pagava R$ 130 para fazer uma escova progressiva, agora já paga R$ 180. Ela reclama do preço, mas não deixa de frequentar o salão porque, segundo ela, a própria profissão exige o cuidado com a aparência.

“Querem que a gente esteja perfeita, a beleza conta muito para trabalhar no comércio. Já eu acho que o que faz diferença mesmo é o atendimento. Muitos clientes reclamam que não foram bem atendidos em outra loja desistiram de comprar, então do que adianta a vendedora estar linda se não atende bem?”, questiona a vendedora.

A aposentada Maria Aparecida Elias, 62 anos, concorda e acrescenta que a beleza não pode ser o mais importante na hora de calcular os gastos pessoais. “Percebi que subiram os preços, mas eu tenho outras prioridades. Prefiro gastar mais com uma boa alimentação, com a saúde do que gastar demais com beleza”, afirma.

Segundo a vendedora, profissão exige o cuidado com a aparência (Foto: Marcelo Calazans)
Segundo a vendedora, profissão exige o cuidado com a aparência (Foto: Marcelo Calazans)

Para não deixar os cuidados de lado, Maria dá a dica: “o jeito é aproveitar os dias de promoção”. “Eu pago R$ 30 no corte, que já subiu, mas as unhas pago R$ 25 nos dias de promoção do salão”, diz a apodentada, que faz a própria pintura do cabelo para não ter ainda outro gasto com o que não considera essencial.

Mas nem todo mundo pensa da mesma forma. Para a promotora de vendas Rahiane Mary de Souza, 24 anos, estar bem arrumada é essencial, tanto para as relações pessoais, quanto para o dia a dia no trabalho. “Acho que se você trabalha bonita, com cabelo arrumado e unha feita o seu astral vai lá em cima. A pessoa se sente mais segura com o cabelo bonito”. Em contrapartida, Talita economiza nas unhas, pagando por mês a uma vizinha manicure. “Eu pago um pacote de R$ 85 por mês. No salão de beleza eu pagaria quase R$ 100”.

Preço bom ou alto, o que todos os entrevistados pelo Campo Grande News concordam é que não tem como deixar os cuidados com a beleza de lado e ter, pelo menos, um profissional de confiança é indispensável. “Eu corto meu cableo, porque tenho medo de algum cabeleireiro estragar. Mas o alisamento eu faço com uma pessoa que gosto muito”, conta a estudante Nathália Martins, 18 anos, que gasta em média R$ 120 somente para fazer luzes e escova progressiva a cada seis meses.

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