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Economia

Cresce número de famílias endividadas e gente que não tem como pagar as dívidas

Mais da metade dos endividados tem contas atrasadas e 42 mil já sabem que não terão condições de pagar dívidas

Caroline Maldonado | 19/01/2022 09:02
Dinheiro e calculadora utilizada para contabilizar dívidas (Foto: Marcos Santos/USP Imagens) 
Dinheiro e calculadora utilizada para contabilizar dívidas (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Campo Grande tem 200,9 mil famílias com dívidas. Dessas, mais da metade, ou seja, 106 mil estão com contas atrasadas e 42 mil já sabem que não terão condições de pagar o que devem. Os números são referentes a dezembro de 2021 e foram levantados pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

No último mês de 2020, o índice de famílias endividadas foi de 59,5%. Já em dezembro de 2021, o percentual aumentou para 63,3%. No fim do ano retrasado, 34,9% informaram estar  com contas em atraso e 11,8% que não teriam condições de pagar.

Desta vez, 33,6% dos entrevistados reportaram atrasos nos pagamentos, porém 13,3% disseram que não teriam como honrar as dívidas. A pesquisa não revela o valor das dívidas.

Os números não são de inadimplência, mas são um sinal de alerta, segundo o presidente do Instituto de Pesquisa  da Fecomércio-MS (Federação do Comércio do Estado do Mato Grosso do Sul), Edison Araújo.

"O endividamento não significa inadimplência, mas é preciso estar atento ao crescimento do indicador daqueles que dizem que não terão condições de pagar as dívidas, que acompanha o cenário nacional, como aumento da inflação, juros altos e lenta retomada do mercado de trabalho", avalia Edison.

A pesquisa considera dívidas como cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas e empréstimo pessoal. Quanto ao nível de endividamento, os que se declararam muito endividados no último dezembro foram 13,3%; 20,5% falaram que estão mais ou menos endividados e 29,5% pouco endividados.

O cartão de crédito segue como principal meio de endividamento, citado por 67,1%, seguido dos carnês, apontados por 22,5%; financiamento de casa, com 12,9% e financiamento de carro, mais 8%.

A maioria dos entrevistados, 41,3%,disseram que têm dívidas de longo prazo, ou seja, por mais de um ano e 50,1% têm de 11% a 50% da renda comprometidos com dívidas.

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