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Economia

Crise da JBS pode reabrir mercado para concorrentes, avalia secretário

Recente decisão determinou o bloqueio de R$ 730 milhões a pedido da CPI

Mayara Bueno | 16/10/2017 17:20
Secretário de Fazenda de MS, Márcio Monteiro.
(Foto: Mayara Bueno).
Secretário de Fazenda de MS, Márcio Monteiro. (Foto: Mayara Bueno).

O espaço que eventualmente a JBS deixar de ocupar em Mato Grosso do Sul vai ser preenchido por novos frigoríficos e até os que fecharam com a expansão da empresa. A avaliação é do secretário de Estado de Fazenda, Márcio Monteiro, nesta segunda-feira, dia 16.

O titular respondia sobre a crise hoje vivida por uma das maiores indústrias de alimentos do mundo, com o recente bloqueio de R$ 730 milhões, e se a situação pode afetar o mercado e o setor no Estado com eventuais demissões e fechamento de unidades.

"O conjunto nos preocupa. Mas eu não creio que haja qualquer tipo de fechamento, pode até reduzir o abate porque vai haver uma readequação de mercado, não resta dúvida. A JBS, do porte que é, já é reconhecida no mundo e nós somos o maior exportador de proteína animal".

Para Monteiro, a indústria deve manter as cinco unidades que têm em MS, além dos empregos dos quase 20 mil. "Se eventualmente não absorver (os abates), outros frigoríficos vão. Temos outras unidades abrindo, como a Marfrig (indústria de carnes em Paranaíba)".

Até mesmo as empresas que antes se recolheram em virtude da expansão do grupo J&F podem conseguir novo espaço, afirma. "Temos várias unidades que foram desativadas até em função do grupo, que eu creio se eles se recolheram um pouco, abre espaço para outras empresas implementarem sua ação. Não tenho esta preocupação porque nós temos a oferta da matéria-prima".

Em duas decisões da semana passada, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 730 milhões, a pedido da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembleia Legislativa do Estado, que investiga a concessão de benefícios fiscais do governo para empresas que se instalaram aqui.

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