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Economia

Crise econômica aumenta demanda de consumidores finais em atacarejos

Preços menores estão entre os fatores desse movimento, afirma pesquisa

Osvaldo Júnior | 17/05/2017 15:45
Atacarejo atraí consumidores finais (Foto: Marina Pacheco)
Atacarejo atraí consumidores finais (Foto: Marina Pacheco)

A crise econômica impulsionou a demanda de consumidores finais nos chamados atacarejos, segmento misto de atacado e varejo. Pesquisa realizada pelo Data Folha em parceria com o Assaí Atacadista, uma das maiores redes de atacado de autosserviço do Brasil, mostra que mais da metade dos consumidores passaram a frequentar os atacarejos devido à redução do poder de compra, decorrente da retração da economia. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (17) foi feito com aproximadamente 10 mil pessoas de todas as regiões do País.

Comumente frequentado por pequenos comerciantes, donos de restaurantes e de lanchonetes, os atacarejos, de acordo com a pesquisa, passaram a atender número crescente de consumidores finais. Dos entrevistados, 56% disseram que começaram a comprar nesses locais por causa da situação econômica nacional. Desse total, 98% afirmaram que pretendem continuar consumindo nesse tipo de comércio mesmo com eventual recuperação da economia.

“A atual situação econômica faz com que as pessoas, independente de classe social, busquem maior economia nas suas compras e acabam por optar pelo setor de atacado de autosserviço, que passa a ser uma alternativa importante nesse processo de contenção de gastos”, comena a presidente do Assaí, Belmiro Gomes. “E assim como se viu no momento pós-crise dos EUA, a lógica é que os clientes do modelo de atacado permaneçam, e também há aderência dos novos públicos, que vieram nos últimos anos e que continuarão enxergando as vantagens das compras em alto volume”, acrescentou.

Perfil – A pesquisa detalha que 61% dos consumidores finais são mulheres, 22% têm mais de 56 anos e a maioria é de classe média. Para fazer compra abastecedora (a popular “compra do mês”), 58% dos clientes vão às lojas uma vez por mês e 15%, uma vez a cada 15 dias. Para reposições pontuais, a frequência é maior: 39% vão de uma a duas vezes por semana e 28% a cada 15 dias.

“A pesquisa contribuiu para confirmar o que já vinha sendo percebido: o fluxo de pessoas comprando para consumo domiciliar e a contribuição deste público para o negócio vem crescendo em consonância com as tendências internacionais. Hoje, o atacado atrai homens e mulheres, de todas as idades e em diferentes momentos de vida, representando todas as classes sociais”, analisa Dorival Mata-Machado, sócio-diretor do Data Popular.

Preço e marcas – A pesquisa mostra que o preço é o que mais atrai o cliente das lojas de atacarejo a continuar comprando no segmento. Esse motivo é citado por 83% dos entrevistados. Outros fatores mencionados são variedade de produtos (36%), localização da loja (35%) e promoções (34%).

O estudo também verificou o comportamento do consumidor quanto a marcas dos produtos. A consideração da marca é maior em se tratando de itens básicos, como arroz, feijão e higiene pessoal. Nas outras categorias, o cliente se atenta mais aos preços que as marcas.

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