ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 23º

Economia

Dias quentes demais dão lucro aos que vendem alívio para o calor

Mariana Lopes | 12/09/2012 16:40
Com o ventilador de casa quebrado, dona Maria correu para a loja comprar outro (Fotos: Minamar Júnior)
Com o ventilador de casa quebrado, dona Maria correu para a loja comprar outro (Fotos: Minamar Júnior)

Calor, mormaço e tempo seco. Combinações nada agradáveis, mas que de algumas semanas para cá já fazem parte do cotidiano dos campo-grandenses, no Inverno mais quente dos últimos 6 anos. Difícil de suportar, o clima está favorável para os comerciantes, que aumentaram as vendas de sucos, água, ventiladores, umidificadores e outros produtos que saem mais no Verão, para aliviar o calorão.

Nas lojas de eletroeletrônicos, os clientes entram reclamando do calor e saem com algum produto debaixo dos braços. “Eles não querem nem saber do preço, de negociar, levam do jeito que tiver”, comenta Luiz Carlos Villalba Gonzales, gerente de uma loja de eletrônicos.

Em um mês, as vendas de ventilador, ar condicionado, umidificador e climatizador aumentaram aproximadamente 70%, segundo os gerentes de duas lojas do centro de Campo Grande. “De cada 10 aparelhos, a gente vendia uns 3, agora falta no estoque”, afirma Aderi Otávio da Cruz, um dos gerentes.

O ventilador da casa da dona Maria Ferreira da Silva, 59 anos, queimou essa semana e ela correu para a loja comprar outro. “Ninguém aguenta esse calor, não consigo nem dormir à noite”, comenta a dona de casa. Os preços variam de acordo com o tamanho do aparelho e da marca, vão de R$ 60 a R$ 200.

No camelódromo, a procura também é grande e as vendas aumentaram 30%, segundo um dos ambulantes. “Não tem modelo nem tamanho, o cliente leva o que tem”, enfatiza.

O comerciante Valdevino de Oliveira, 59 anos, foi até lá para pesquisar os preços. “Preciso reforçar a ventilação da minha cafeteria, os clientes estão reclamando do calor”, conta.

Vânia deu uma fugidinha do trabalho para comprar o suco de laranja
Vânia deu uma fugidinha do trabalho para comprar o suco de laranja

Fora das lojas e longe dos eletroeletrônicos, nas ruas da Capital Morena, entre o vai e vem apressado das pessoas, sempre sobra um tempinho para um suco, um sorvete ou uma água de coco, os três itens mais pedidos nesses dias de sol quente.

Na avenida Afonso Pena próximo à Calógeras, o comerciante Edgar de Freitas Junior montou uma barraca de sucos e água de coco, e garante que há mais ou menos três semanas as vendam aumentaram 30%.

“Por dia, vendo em média 15 ou 20 litros de água de coco e 75 de suco de laranja”. O suco é vendido por R$ 6 o litro e a água de coco sai por R$ 8 a garrafa de um litro.

No Ceasa, a caixa de 25 quilos de laranja pêra custa de R$ 12 a R$ 15, e rende em média 12 litros de suco. O coco é vendido de R$ 1,50 a 1,80 a unidade, que em média rende 200 ml, segundo o coordenador de mercado e estatística do Ceasa, Cristiano Chaves.

Mais no centro da cidade, o atendente de uma lanchonete afirma que os clientes preferem suco de laranja a refrigerantes e sucos de polpa. “Mas o que mais aumentou mesmo foi a venda de sorvete, subiu uns 40% em relação às semanas anteriores”, diz Juan Vilanova Borges.

E o pedido da vendedora Vania Velasques, 57 anos, foi justamente esse, o suco direto da fruta. “Faz bem para a garganta, tem vitamina C, e com esse clima seco não tem coisa melhor”, conta. O copo de 300 ml sai por R$ 3 e o de 500 ml é vendido por R$ 4.

Nos siga no Google Notícias