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Economia

Dólar desacelera queda ante real após decisão do Fed, mas termina em baixa

Niviane Magalhães, Estadão Conteúdo | 20/09/2017 18:48

O dólar desacelerou as perdas ante o real - chegando a subir levemente - nesta tarde, de quarta-feira, 20, depois que o Federal Reserve (Fed) deixou em aberta a possibilidade de uma alta de juros nos EUA em dezembro. No entanto, a sinalização de fraqueza da inflação e o impacto dos furacões na economia do país deixaram os investidores reticentes, o que levou a moeda americana a terminar em leve baixa.

O índice do Dólar (DXY) - que mensura a moeda americana ante seis moedas fortes - atingiu o nível mais alto desde meados de setembro diante de projeções para as taxa de juros do Fed que sugeriram mais um aperto monetário neste ano, com o Comitê Federal de Política Monetária (Fomc) deixando em aberto a possibilidade de ser em dezembro, seguida de três aumentos adicionais em 2018.

Além disso, o BC confirmou o início da redução de seu balanço patrimonial, atualmente em US$ 4,5 trilhões. O banco central dos EUA disse que iniciará a redução em outubro em um ritmo de US$ 10 bilhões por mês, o que já era estimado por analistas. "Se este ritmo continuar, o Fed levará sete anos para reduzir todo seu balanço, o que significa um processo extremamente gradual", disse o diretor da Wagner Investimentos, José Raimundo Faria Júnior.

A instituição manteve sua taxa de juros na faixa entre 1,00% e 1,25%. De acordo com o operador da corretora Multimoney Durval Corrêa, esses fatores acima alteraram levemente o panorama do mercado, mas "o sentimento foi muito pouco, uma vez que as diretrizes do Fed não foram extremamente claras".

Os pontos que contribuem para as incertezas são a fraqueza da inflação e os custos que os recentes furacões terão na economia dos EUA. Segundo o Fed, tanto a inflação quanto o núcleo recuaram este ano e a projeção é que o núcleo termine 2017 em 1,5%, abaixo da estimativa anterior de 1,7%. A meta de inflação estipulada pelo Fed para a realização de um aperto monetário é de 2,0%. Em coletiva de imprensa, a presidente da instituição, Janet Yellen, disse que a fraqueza na inflação é temporária, o que levou o dólar a subir e atingir máxima ante o real, mas logo voltou para o patamar negativo.

No mercado à vista, o dólar fechou em baixa de 0,13%, aos R$ 3,1305. O giro financeiro somou US$ 1,58 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,1150 (-0,62%) e, na máxima, aos R$ 3,1392 (+0,14%).

No mercado futuro, o dólar para outubro caiu 0,13%, aos R$ 3,1305. O volume financeiro movimentado somou cerca de US$ 18,80 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,1190 (-0,68%) a R$ 3,1440 (+0,11%).

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