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Economia

Dólar ganha força e bolsa recua na véspera das decisões sobre juros

Moeda norte-americana fechou em R$ 5,43 nesta terça-feira (9)

Por Gustavo Bonotto | 09/12/2025 19:30
Dólar ganha força e bolsa recua na véspera das decisões sobre juros
Cédulas do dólar. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar subiu 0,26% e fechou a R$ 5,43 nesta terça-feira (9), em meio ao ajuste dos investidores antes da Superquarta, que concentra decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, enquanto o Ibovespa recuou 0,13% e terminou o dia aos 157.981 pontos.

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O mercado financeiro operou com cautela nesta terça-feira (9), véspera da chamada Superquarta, quando Federal Reserve (Fed) e Copom anunciam decisões sobre juros. O dólar encerrou em alta de 0,26%, cotado a R$ 5,43, enquanto o Ibovespa recuou 0,13%, aos 157.981 pontos.Os investidores reagiram a dados do mercado de trabalho americano, que indicaram desaceleração econômica. O relatório Jolts mostrou estabilidade nas vagas abertas, e a pesquisa ADP apontou criação tímida de empregos no setor privado. No Brasil, a expectativa é de manutenção da Selic em 11,75%, em linha com o discurso recente do Banco Central.

O mercado avaliou dados recentes do emprego americano, que influenciam a expectativa para a política monetária do Fed. A cautela dominou tanto o câmbio quanto a bolsa, que refletiram incertezas sobre o ritmo dos cortes de juros.

A leitura do mercado de trabalho americano reforçou a percepção de economia mais lenta, porque o relatório JOLTS (Job Openings and Labor Turnover Survey) mostrou estabilidade no número de vagas abertas. A pesquisa da ADP (Automatic Data Processing) também apontou criação tímida de empregos no setor privado, o que aumentou a expectativa por um corte de 0,25 ponto percentual nos juros dos EUA. Esses dados influenciam a política do Fed (Federal Reserve), que decide a taxa amanhã e pode definir o tom das próximas semanas nos mercados globais.

No Brasil, o foco está na decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), que deve manter a Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) em 15% ao ano, em linha com o discurso recente do Banco Central. Analistas afirmam que o BC adota postura mais conservadora por causa do cenário misto da economia, que combina juros elevados com queda do desemprego e inflação mais baixa. A incerteza sobre o início do ciclo de cortes mantém o investidor mais prudente e limita movimentos na bolsa.

O câmbio opera com volatilidade desde a semana passada, quando indicadores internos e externos reforçaram a leitura de maior risco fiscal e menor apetite por ativos brasileiros. O dólar acumula alta de 1,87% no mês, mas ainda registra queda de 12,05% no ano, segundo dados do mercado. O comportamento recente da moeda mostra a sensibilidade do investidor a qualquer mudança na expectativa sobre juros e crescimento.

As bolsas internacionais fecharam sem direção única, porque os investidores esperam a decisão do Fed e avaliam sinais contraditórios da economia americana. Em Wall Street, o Dow Jones caiu 0,37% e o S&P 500 recuou 0,09%, enquanto o Nasdaq subiu 0,13%. A Europa também registrou quedas, já que o mercado aguarda decisões de outros bancos centrais na região.

Na Ásia, China e Hong Kong fecharam em baixa após sinalização de que Pequim não adotará novos estímulos no curto prazo, o que aumentou o pessimismo sobre o setor imobiliário. O Nikkei avançou 0,1% em Tóquio, mas foi exceção no continente. Esse quadro global reforçou o clima de aversão ao risco e pesou sobre moedas e bolsas de países emergentes.

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