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Economia

Dólar sobe a R$ 5,43 e pressiona bolsa após dados de inflação nos EUA

Moeda avança mais de 2% e alcança maior valor em dois meses, enquanto Ibovespa tem queda superior a 4%

Por Gustavo Bonotto | 05/12/2025 19:10
Dólar sobe a R$ 5,43 e pressiona bolsa após dados de inflação nos EUA
Cédulas de 10 dólares, moeda norte-americana utilizada em transações internacionais. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar fechou a R$ 5,43 nesta sexta-feira (5), após subir mais de 2% com influência direta dos dados de inflação nos Estados Unidos, que reforçaram a possibilidade de corte de juros pelo Banco Central norte-americano. A moeda avançou de forma consistente ao longo do dia e atingiu o maior valor em quase dois meses, diante da reação imediata dos investidores ao ambiente externo. O movimento ocorreu no mercado financeiro brasileiro, que também registrou forte queda na bolsa no início da tarde.

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O dólar encerrou a sexta-feira (5) cotado a R$ 5,43, registrando alta superior a 2% após a divulgação dos dados de inflação nos Estados Unidos. A moeda americana atingiu seu maior valor em quase dois meses, impactando diretamente o mercado financeiro brasileiro. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou com queda expressiva de 4,31%, aos 157.369 pontos, marcando a maior baixa intradia desde fevereiro de 2021. O índice de preços de gastos com consumo (PCE) nos EUA manteve-se em 0,3%, enquanto o índice de sentimento do consumidor americano superou as expectativas, atingindo 53,3 pontos em dezembro.

O Ibovespa encerrou o pregão com recuo de 4,31%, aos 157.369 pontos, após inverter o sinal positivo observado pela manhã. O índice registrou a maior queda intradia desde fevereiro de 2021, quando o mercado operou sob volatilidade semelhante. A combinação de dólar forte, incertezas internas e mudanças no humor global ampliou a pressão sobre os ativos locais.

Nos Estados Unidos, o PCE (índice de preços de gastos com consumo) subiu 0,3% em setembro e manteve o mesmo ritmo do mês anterior. O núcleo do indicador avançou 0,2% no mês e acumulou alta de 2,8% em 12 meses, dentro das previsões de analistas. Os números reforçaram a leitura de que o Fed (Federal Reserve) pode iniciar cortes de juros já na próxima semana, o que influenciou a percepção de risco no câmbio.

O índice de sentimento do consumidor americano subiu para 53,3 pontos em dezembro, acima da projeção de 52 pontos feita por economistas. As expectativas de inflação para os próximos 12 meses caíram de 4,5% para 4,1%, no menor nível desde janeiro. Os resultados ajudaram a sustentar o dólar globalmente, mesmo com oscilações nas bolsas internacionais.

As bolsas europeias fecharam com variações leves após um dia de otimismo moderado, impulsionado pela possibilidade de mudanças na política monetária dos EUA. O STOXX 600 (Stoxx Europe 600) avançou 0,01% e o DAX (Deutscher Aktienindex) subiu 0,61%, enquanto o FTSE 100 (Financial Times Stock Exchange 100 Index) recuou 0,45% e o CAC 40 (Cotation Assistée en Continu 40) caiu 0,09%. Na Ásia, índices locais registraram ganhos expressivos, puxados pelo avanço do setor de tecnologia.

Na China, o SSEC (Shanghai Stock Exchange Composite Index) subiu 0,70% e o CSI300 (China Securities Index 300) avançou 0,84%, favorecidos por medidas de estímulo e expectativa de aumento da produção de semicondutores. Em Hong Kong, o Hang Seng registrou alta de 0,58%, enquanto o Nikkei caiu 1,05% em Tóquio. Em outros mercados, o Kospi avançou 1,78% e o S&P/ASX 200 (índice de referência da bolsa da Austrália) subiu 0,27%, completando um dia de resultados mistos no cenário global.

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