ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 22º

Economia

Em meio a crise, interventor admite possibilidade de venda da Enersul

Fabiano Arruda e Elverson Cardozo | 12/09/2012 17:42
Interventor Jerson Kelman fala sobre processo de intervenção na Enersul em entrevista nesta tarde. (Foto: Simão Nogueira)
Interventor Jerson Kelman fala sobre processo de intervenção na Enersul em entrevista nesta tarde. (Foto: Simão Nogueira)

O interventor designado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para analisar a situação financeira da Enersul, Jerson Kelman, admitiu, durante entrevista nesta tarde, em Campo Grande, a possibilidade de venda da concessionária que atende 73 municípios de Mato Grosso do Sul.

“É uma das possibilidades”, resumiu ao ser perguntado se a empresa poderia ser vendida como um dos desdobramentos do processo de intervenção. Se for essa a saída, vai ser a terceira troca de dono da empresa, que primeiro foi comprada pelo grupo Escelsa, depois assumida pela EDP, de Portugal e, em 2008, passou a ser controlada pelo Grupo Rede.

O mercado sinaliza a CPFL, que atua em São Paulo, como a principal interessada na compra da Enersul.

Ele também confirmou a contratação de uma auditoria no Grupo Rede, formado por nove concessionárias, serviço a ser feito por uma única empresa, informou.

Kelman também ressaltou que os acionistas da Enersul terão até 60 dias para apresentar um plano de recuperação, individual ou conjunto, e que será analisado pelo Governo Federal, que “pode aceitar ou não”.

Diante disso, as consequências são a perda da concessão ou a venda, pontuou. “Apesar disso a avaliação é boa. A Enersul tem índice de qualidade razoável”, completou.

Como foi divulgado à época do decreto pela Aneel, a intervenção é vista como solução para preservar a qualidade do serviço ao consumidor, que “não será afetado diretamente”.

O interventor não quis revelar os valores da dívida da Enersul, mas garantiu não ter conhecimento sobre dívidas tributárias, como de ICMS, além de minimizar o fluxo de caixa da empresa.

“O fluxo de caixa é um problema menor, circunstancial. Não quero dar ênfase a um assunto que é pequeno”, esquivou.

Segundo Kelman, além do plano de recuperação, os acionistas têm a opção de deixarem que a “situação pare na mão do Governo”, que encaminharia uma solução para o problema.

Nos siga no Google Notícias