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Economia

Exigência da classe C muda cara de comércio em via do Novos Estados

Aliny Mary Dias | 30/09/2013 09:50
Avenida vê "boom" de classe C e investe para atender demanda (Foto: Cleber Gellio)
Avenida vê "boom" de classe C e investe para atender demanda (Foto: Cleber Gellio)

A ascensão da classe C é assunto antigo e gerou um “boom” em comércios de várias cidades do país há alguns anos. Atualmente, um bairro de Campo Grande vive um novo capítulo da história, a exigência dos "novos" consumidores obrigou empresários a investir e mudou a cara da Avenida Nosso Senhor do Bonfim, a principal do Conjunto Novos Estados, na saída para Cuiabá.

Quem passa pela avenida larga, com canteiro central e que dá acesso ao Parque dos Poderes e comércios que mudaram a fachada recentemente logo percebe que a região "inovou" para os novos consumidores.

O prédio da academia Vida Ativa é imponente e chama a atenção pelos vidros espelhados e as linhas modernas da construção. Construído há cinco anos na avenida, o estabelecimento viu o público mudar há dois anos e precisou investir para não perder a clientela.

Fabio Alexandre, 35 anos, é sócio-proprietário do local e conta que os investimentos não foram poucos para atender as exigências dos alunos. “A maioria dos nossos alunos é mulher e trabalha o dia todo. O poder aquisitivo dessas pessoas subiu e nós compramos vários aparelhos modernos para atender esse público”, explica.

Academia investiu em equipamentos para garantir sucesso (Foto: Cleber Gellio)
Academia investiu em equipamentos para garantir sucesso (Foto: Cleber Gellio)

Um aparelho padrão que é encontrado em academias dos bairros por R$ 2 mil a R$ 5 mil, no estabelecimento de Fabio foi adquirido por R$ 20 mil. Ele ressalta que as itens são tão ousados que muitas academias do centro da cidade não possuem. “Foi um investimento alto e nós repassamos isso nas mensalidades, que custam R$ 98, mas as pessoas entendem que o serviço é diferenciado e pagam”, completa.

Os comércios especializados em vendas de roupas também mudaram nos últimos anos. Há três meses, Claudia Arguelho Ferreira, 28 anos, abriu a loja Dona Moça e não tem do que reclamar. Com roupas sofisticadas e diferentes dos modelos encontrados nos bairros, a empresária festeja as boas vendas.

“Temos consumidoras de todo tipo de poder aquisitivo, mas a Classe C está bem forte e gasta em peças mais caras”, conta a proprietária.

Ao longo dos cerca de 2,8 quilômetros da Avenida bem arborizada e que lembra a Avenida Mato Grosso, segundo relatos de moradores, o cenário é de um bairro bem desenvolvido, mas com lembranças de comércios antigos e que pecam na organização.

Na parte baixa da avenida, em direção ao Parque dos Poderes, as lojas ganham cara nova e o investimento por parte dos empresários é perceptível. Quem passa pela avenida e vê o mercado Atos, até se encanta com a fachada.

Proprietário garante que novos aparelhos atendem aos consumidores exigentes (Foto: Cleber Gellio)
Proprietário garante que novos aparelhos atendem aos consumidores exigentes (Foto: Cleber Gellio)
Setor de roupas também investe em novas lojas (Foto: Cleber Gellio)
Setor de roupas também investe em novas lojas (Foto: Cleber Gellio)

No interior, o local é bem organizado e não deixa a desejar em relação a hipermercados do centro. “Procuramos atender os clientes de um jeito padronizado porque são pessoas de diferentes classes”, conta o gerente William da Silva.

Bosque dos Ipês – O novo shopping da cidade é motivo de expectativas positivas por parte dos comerciantes. Para o responsável pela academia Vida Ativa, em poucos anos a região será valorizada e se tornará o “novo centro”.

“Eu tenho dito para nossos funcionários que em breve essa avenida só terá comércios e será a nova Mato Grosso. O Bosque dos Ipês trouxe valorização para nosso bairro e isso só tende a melhorar”, completa Fabio.

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