ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 24º

Economia

Exportações de MS começam a cair com desaceleração da China

Priscilla Peres | 24/08/2014 13:57
A China responde por 34% de tudo que o Mato Grosso do Sul exporta. (Foto: Fiems)
A China responde por 34% de tudo que o Mato Grosso do Sul exporta. (Foto: Fiems)

A desaceleração da economia da China começa a ter efeitos sobre a balança comercial de Mato Grosso do Sul. O país é responsável por 34% das importações de produtos do Estado e os números de exportações que de janeiro a abril de 2014 eram maiores que no mesmo período do ano passado, tiveram queda no último trimestre, chegando a redução de mais de 50% em julho deste ano comparado ao mesmo mês de 2013.

O consultor de mercado Aldo Barrigosse, afirma que ainda é cedo para classificar os números como ruins, pois nos últimos seis anos Mato Grosso do Sul cresceu de forma exponencial. "Se analisarmos os números desde 2009 é possível observar que o crescimento das exportações para a China passam os 30% anual, chegando a 64% em 2013", explica.
De janeiro a julho de 2014 o valor exportado caiu 1,74% em relação aos anos anteriores, porém a quantia exportada é muito superior a de anos atras, sendo que neste ano foram US$ 1.143 bilhão e em 2012, por exemplo, a soma de exportações para a China chegava a US$ 706 milhões.

Aldo comenta que os produtos que contribuíram para a queda nas exportações nos primeiros sete meses de 2014 foram a Celulose (-14,2%) e o açúcar (-58,59%). "Nossa produção de açúcar no período diminuiu e o preço internacional do produto não está despertando muito interesse do seguimento. Já na Celulose estamos com problema logístico no escoamento", explica o consultor.

Comprador importante - A China sozinha responde por 34% de tudo que o Mato Grosso do Sul exporta, sendo que outros nove países consomem 40% dos produtos. Para fugir de uma crise, caso a economia chinesa piore, Aldo recomenda que o país comece a diversificar seu mercado. "Os números da balança comercial mostram que acendeu uma luz amarela, precisamos ficar em alerta e agir para evitar perdas. O melhor é abrir mercado com outros países", explica ele.

Quando o país concentra sua economia em um único país fica a mercê de oscilações desses mercados. "Temos que ver que todos os produtos quer o Estado manda para a China são commodities. Isso significa que são produtos voláteis e muito ligados a bolsa de valor e ao mercado interno e externo", destaca Aldo.

Nos siga no Google Notícias