ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 16º

Economia

Governo negociará com estados redução do ICMS sobre energia, diz ministro

Mariana Branco, da Agência Brasil | 13/09/2012 09:12

O governo analisa estabelecer uma negociação com os estados a fim de obter a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) aplicado à tarifa de energia elétrica. A intenção é promover um barateamento da conta de luz superior ao garantido pelo corte de encargos federais, que proporcionará preços de 16,2% a 28% mais baratos. A medida foi anunciada esta semana pela presidenta Dilma Rousseff.

A informação foi dada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que participou hoje (13) do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços. Lobão disse que o assunto pode entrar em pauta nas próximas reuniões do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que reúne os secretários de Fazenda dos estados e do Distrito Federal.

“Não temos como interferir de maneira coercitiva, mas o governo sempre pode promover uma negociação no Confaz, via Ministério da Fazenda. Há uma reunião [do Confaz] e certamente esse assunto será abordado”, disse. O ministro destacou que o ICMS é o imposto que mais onera a conta de energia, mas, por se tratar de arrecadação estadual, os governos das unidades da Federação têm autonomia para decidir sobre eventuais reduções na alíquota.

O governo federal terá que vencer a resistência dos governos estaduais para garantir um ICMS menor. Segundo Edison Lobão, a extinção e a redução de encargos anunciada no início da semana causou descontentamento às unidades da Federação. “Os estados estão reclamando. Embora apliquem o mesmo índice de ICMS à conta, por se tratar de uma conta mais barata vão receber menos do que hoje. Espera-se que possa ser debatido no Confaz e algum avanço se possa obter”, declarou.

O ministro ressaltou que as alíquotas de ICMS variam de acordo com o estado. Ele disse que o governo não trabalha com uma alíquota ideal para a conta de energia. “Não temos um cálculo que diga com segurança ao governo federal [qual é a alíquota adequada]. Qualquer que seja a redução, influiria bastante na conta de luz”, destacou.

Lobão reiterou que as tarifas mais baratas de energia, com consequente aumento do consumo, não representam risco de apagão para o Brasil. "Nós não teremos apagão nesse país. O que houve há dez anos foi um racionamento de energia, que durou oito meses. Esse tipo de incidente não ocorrerá mais no Brasil. Temos sobra de energia. É uma sobra estratégica, não desregulada ou acidental", disse.

Nos siga no Google Notícias