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Economia

Homens com nível superior ganham 66% mais

Redação | 07/08/2009 09:41

A Rais (Relação Anual de Informações Sociais) divulgada pelo Ministério do Trabalho aponta que no ano de 2008 a remuneração média dos homens em Mato Grosso do Sul era 9% maior que das mulheres. Quando se fala em profissionais com nível superior a diferença é gritante: em média os homens recebem 66% mais.

No ano passado, o salário médio dos homens, considerando todos os níveis de escolaridade, era de R$ 1.396,46. Já o das mulheres de R$1.280,96. Considerando somente trabalhadores com nível superior, os homens recebem, em média R$ 4.328,56 ao passo em que as mulheres têm remuneração média de R$ 2.602,26.

Áureo Torres, economista do Observatório do Mercado de Trabalho da Fundação Social do Trabalho, afirma que essa diferença se deve ao fato de que as mulheres com graduação atuam principalmente na área de Educação, onde os salários são conhecidamente baixos.

"As diferenças já foram maiores, vêm caindo. Ocorre que os homens assumem cargos de administração de fazendas, comércio, cargos de chefia e isso eleva os salários", explica.

Ele lembra que a entrada das mulheres no mercado de trabalho, de forma mais consistente, ocorreu a partir da década de 60, sempre ocupando cargos secundários.

"A partir da década de 90 a mulher tem substituído o homem também em profissões sacrificantes, como operárias", ressalta. Mas em cargos de chefia, acrescenta, os homens ainda são a maioria.

Entre os setores, o que melhor pagam são serviços de utilidade pública, com salário médio de R$ 2.959,31, seguido de instituições de crédito, seguro e capitalização (R$ 2.855,53).

A Administração pública aparece com o terceiro maior salário médio, R$ 2.309,47. Já os menores salários médios são nas indústrias de calçados (R$ 613,96) e de madeira e mobiliário (R$ 710,66).

De 2007 para 2008 houve redução dos salários médios em dois setores: na indústria do material elétrico e de comunicações (-14,62%) e serviços industriais de utilidade pública (-2,86%). Os salários que mais aumentaram foram na indústria do papel, papelão, editorial e gráfica (76,19%) e indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, (33,70%).

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