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Economia

Inflação fechou 2012 em 5,78%, em dezembro alimentação puxou índice

Paula Maciulevicius | 08/01/2013 09:22
Nas carnes, a maior alta foi de 6,03% do filé mignon, 4,78% do lagarto, seguido da alcatra. (Foto: Arquivo)
Nas carnes, a maior alta foi de 6,03% do filé mignon, 4,78% do lagarto, seguido da alcatra. (Foto: Arquivo)

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou alta inflação de 0,64% no mês de dezembro em Campo Grande. O percentual que ficou acima da inflação de novembro, teve a alimentação como vilã. O acumulado do ano fechou em 5,78%.

Em dezembro, o aumento do preço de alguns cortes de carne, frutas e legumes que elevaram o índice em 1,47%. O grupo sofre influência de fatores climáticos e da sazonalidade de alguns produtos, principalmente, verduras, frutas e legumes, explica o Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas) da Anhanguera/Uniderp, que elabora a análise do IPC.

Quem faz compra sentiu no bolso a inflação do tomate, que chegou a 29,90% seguido do couve-flor, com 23,77% e 17,63% no pernil.

Nas carnes, a maior alta foi de 6,03% do filé mignon, 4,78% do lagarto, seguido da alcatra com 4,12% e da picanha, com 3,10%. “Em relação à carne suína, todos os cortes foram afetados com elevados aumentos de preços, a saber: pernil 17,63%, costeleta 12,26% e bisteca 6,23%. Quanto à carne de aves, miúdos teve aumento de preço de 1,12% e frango congelado teve um forte aumento de 11,57%”, completa o pesquisador do Nepes, José Francisco dos Reis Neto.

Dividindo a responsabilidade com a alimentação, também tiveram inflação o vestuário e a habitação. Segundo o coordenador do Nepes, a alta de 0,64% estava dentro da expectativa, depois que os três grupos já citados tiveram crescentes altas de preço no final do ano.

O grupo Habitação apresentou uma moderada inflação em seu índice de 0,33% em relação ao mês de novembro. Os produtos que tiveram altas de preços foram: fogão 5,38%, esponja de aço 5,27% e lâmpada incandescente 4,52%, entre outros com menores aumentos. Para o Vestuário, foram blusas, sapatos e tênis que elevaram a inflação em 2,50%.

Segundo análise do Nepes, houve estabilidade de preços no grupo Transportes, com pequena alta de 0,02%. A Educação também apresentou pequena alta nos preços dos seus produtos, em média de 0,12%, devido a aumentos de 1,10% nos preços de artigos de papelaria.

Acumulado-Para todo o ano, a inflação acumulada em Campo Grande foi de 5,78%, o ano fechou abaixo do topo da meta do Conselho Monetário Nacional, que é de 6,5%. Em todo 2012, foi a Alimentação que liderou a lista das inflações acumuladas entre os sete grupos que compõem o IPC, com 9,58%, seguido pelo grupo Despesas Pessoais, com 9,48%.

Ainda conforme análise do Nepes, a inflação acumulada anual do grupo Alimentação atinge mais diretamente a população de menor faixa de renda. “Que prioriza a alimentação, onde realiza os maiores gastos. É bom destacar que o grupo de Despesas Pessoais, que aparece em segundo lugar na lista das inflações acumuladas no ano de 2012, mostra que, principalmente, o custo dos serviços tem aumentado acima da inflação em nossa cidade”, destaca o coordenador do Núcleo de Pesquisas da Anhanguera-Uniderp Celso Correia.

Entre os dez mais produtos que contribuíram para a alta e a baixa da inflação, estão frango congelado, tomate, alcatra, blusa, óleo diesel, tênis, sapato feminino, calça comprida masculina, pneu e alface. Os dez produtos que mais contribuíram para a queda foram: etanol, computador, acém, maçã, short e bermuda masculina, patinho, açúcar e uva.

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