Instituição adapta cardápio às doações e dá exemplo contra o desperdício
Para organizar o uso dos produtos, o Cotolengo mantém planilhas de controle e planeja as refeições da semana

Instituição beneficente que atende pessoas com paralisia cerebral grave e deficiências intelectuais, o Cotolengo tem se destacado por adotar estratégias simples e eficazes que evitam o desperdício de alimentos doados.
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O Cotolengo, instituição beneficente que atende pessoas com paralisia cerebral grave e deficiências intelectuais, adotou estratégias eficazes para evitar o desperdício de alimentos doados. A iniciativa envolve a capacitação dos funcionários e o uso de técnicas aprendidas no curso do Mesa Brasil, programa que promove segurança alimentar e combate ao desperdício. A nutricionista da instituição destacou a importância de utilizar os alimentos de diversas formas, como vitaminas, doces e congelados, além de monitorar o cardápio semanal conforme as doações recebidas. A conscientização no refeitório também contribui para reduzir o desperdício, com orientações sobre porções adequadas.
O exemplo da entidade mostra como é possível aproveitar ao máximo os alimentos que chegam até o local, com a colaboração dos funcionários da cozinha, que se capacitaram por meio de cursos oferecidos pelo programa Mesa Brasil, aprimorando técnicas de reaproveitamento alimentar.
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A nutricionista do Cotolengo, Mariana Rodrigues da Silva, explicou ao Campo Grande News como funciona a estratégia, aplicada e aprimorada ao longo dos anos para garantir que os alimentos doados sejam utilizados corretamente nos cardápios do almoço e do lanche oferecidos na instituição.

“Somos uma instituição que vive de doações. Muitas vezes, os alimentos que chegam precisam ser utilizados imediatamente ou em até dois dias. Então, nossa estratégia é aproveitar de todas as formas possíveis o que recebemos. Por exemplo, as bananas que chegam viram vitamina para o lanche da tarde ou doce, tudo para evitar o desperdício”, explicou Mariana.
Para organizar o uso dos alimentos, a nutricionista mantém planilhas de controle e elabora um cardápio semanal, que pode ser adaptado de acordo com as doações recebidas.
“Quando chega couve, por exemplo, fazemos refogada, com farofa, cortamos e congelamos para usar depois, ou ainda fazemos suco com ela crua. Temos diversas formas de aproveitar cada alimento”, detalhou.
A cozinha do Cotolengo conta com duas cozinheiras, responsáveis pelas refeições de cerca de 60 funcionários e 25 crianças atendidas pela instituição.
O trabalho é constantemente aprimorado com os cursos e capacitações oferecidos pelo Mesa Brasil, programa de segurança alimentar e nutricional que atua no combate ao desperdício e na redistribuição de alimentos para organizações que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade.
A conscientização sobre o consumo consciente também é reforçada no refeitório da instituição.
“Temos cartazes orientando as pessoas a se servirem apenas do que conseguem comer. Assim, cada um pega sua porção e praticamente não há desperdício. Só descartamos o que realmente não pode ser aproveitado”, destacou a nutricionista.