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Economia

Linha de crédito mais barata para financiamento completa um mês suspensa

Ricardo Campos Jr. | 27/07/2017 13:10
Linha de financiamento para celetistas com juros mais baratos está suspensa desde junho (Foto: Marcelo Calazans / arquivo)
Linha de financiamento para celetistas com juros mais baratos está suspensa desde junho (Foto: Marcelo Calazans / arquivo)

Suspensa há pouco mais de um mês pelo Governo Federal, a linha de financiamento Pró-Cotista pela Caixa Econômica, que oferece condições especiais de parcelamento para quem tem saldo de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), tem feito falta no mercado imobiliário, mas não tem afetado negativamente o setor.

Corretores afirmam que existem outras opções que permitem o uso do fundo, mas com juros mais altos. Na falta da alternativa mais barata, os clientes têm recorrido às taxas elevadas quando elas cabem no bolso.

"A linha faz diferença no mercado e facilita nas parcelas, nos juros que giram em torno de 9,5%. Com ela, as condições são mais facilitadas, mas os clientes não deixam de comprar devido a suspensão", afirma a corretora Albi de Urrutia Abdalla.

Segundo ela, a Pró-Cotista é disponibilizada para trabalhadores que entram no regime celetista e podem comprar imóveis acima de R$ 180 mil. "A linha beneficia trabalhadores que têm carteira assinada, mas que têm melhores condições de adquirir um imóvel mais caro", informa.

Contudo, Albi diz que não houve diminuição na procura por imóveis com a suspensão do recurso, e que o mercado imobiliário começa a reagir. "Não teve uma redução na procura, porque quem quer comprar, sempre procura uma outra solução que se enquadre a realidade da pessoa".

A suspensão se deu pela falta de recursos do Governo Federal para injetar na linha. Quando alguém financia um imóvel, o banco compra o bem à vista do proprietário com a promessa de reaver o dinheiro com o pagamento das parcelas pelo cliente. Por isso, é preciso que a instituição financeira tenha dinheiro em caixa para poder fazer o negócio.

O Banco do Brasil também recebe dinheiro da União para financiar imóveis no Pró-Cotista. Por ser menos procurada, ele ainda tem caixa para firmar novos contratos. Contudo, segundo o presidente do Secovi (Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul), Marcos Augusto Netto, a burocracia faz com que os corretores evitem sugerir a instituição financeira como opção aos clientes.

“O Banco do Brasil é mais lento para financiar. Só oferecemos essa alternativa quando o cliente já é correntista do banco e tem crédito pré-aprovado”, explica.

Sobre a linha pró-cotista, Marcos Augusto afirma que a previsão do Governo Federal é injetar dinheiro e reativar a linha somente em 2018. Até lá, os clientes podem continuar usando o FGTS normalmente para financiar os imóveis, só não terão acessos aos juros menores como era possível antes.

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