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Economia

Mudança da economia de MS precisa ser ordenada, avalia Dieese

Paula Vitorino | 01/11/2012 14:10
Coordenador do Dieese fala sobre mudanças na economia do Estado. (Foto: Pedro Peralta)
Coordenador do Dieese fala sobre mudanças na economia do Estado. (Foto: Pedro Peralta)

Mato Grosso do Sul cresce a cada ano com a entrada de novas indústrias e segmentos que não estão ligados diretamente ao agronegócio, mas o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) aponta que agora é preciso se preocupar para que o crescimento não aconteça de forma “desordenada”.

O coordenador de relações sindicais, José Silvestre Prado de Oliveira, avalia que o Estado está passando por mudança no perfil da economia.

“Está deixando de ter peso só no agronegócio. Tem investimentos pesados em setores como sucroalcooleiro e celulose”, diz. Para os próximo anos, a perspectiva de crescimento é de 4%.

O município de Três Lagoas é considerado o centro dessa mudança pelo constante crescimento no número de indústrias. José cita alguns fatores decisivos para o interesse na região: posição estratégica - próximo a São Paulo; contar com hidrovias, ferrovias e rodovias; incentivo dos governos e o fator da mão de obra mais barata – em comparação com o pólo paulista.

Atraídos pela oportunidade de emprego, José alerta que a população da cidade dobrou em poucos anos, mas sem infraestrutura adequada.

“A cidade não tem infraestrutura para dar conta das demandas sociais que acompanham o crescimento”, diz.

Com isso, o reflexo negativo pode acontecer no aumento do índice de violência, por exemplo.

No lado positivo, está a criação de empregos formais. “É um setor que tem mais empregos formais e tende a ter melhor salário que em comparação ao setor agroindustrial”, diz.

Mas aliado a isso José ressalta que é preciso haver fiscalização trabalhista, já que existem muitas denúncias de trabalho irregular. Isso impede que a cidade seja vista pelos empresários como “fuga” para a remuneração adequada aos empregados.

Em todo o Estado, a geração de empregos passou de 490 mil, em 2007, para 600 mil, em 2011.

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