ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 30º

Economia

Na Capital, governadores discutem consórcio para investimentos no Centro-Oeste

Liana Feitosa e Leonardo Rocha | 02/10/2015 14:05
Próxima reunião do bloco será em Brasília. (Foto: Marcos Ermínio)
Próxima reunião do bloco será em Brasília. (Foto: Marcos Ermínio)

Governadores de seis estados brasileiros estão em Campo Grande para o 4º Fórum Brasil Central. Eles se reuniram nesta sexta-feira (2) para discutir assuntos comuns aos territórios, questões principalmente relacionadas à economia e projetos locais.

Entre os principais temas da pauta está o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento, que tem o objetivo de criar novo modelo de cooperação para investimentos públicos e privados que envolve um fundo de R$ 11,4 milhões.

O anfitrião, governador Reinaldo Azambuja (PSDB), recebeu os governadores Pedro Taques (MT), Marcelo Miranda (TO), Rodrigo Rollemberg (DF), Confúcio Moura (RO) e Marconi Perillo (GO) no Hotel Deville.

Na ocasião, Azambuja falou sobre os aumentos de impostos em MS. "Esses pacotes (de aumentos) estão sendo feitos em todo o país. As medidas feitas nos 6 estados são muitos semelhantes", definiu. O governador citou como exemplo o ITCD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos). Para ele, a maior parte dos estados tem buscado o teto máximo de 8% e instituindo taxa de isenção.

Pauta - Além disso, Azambuja afirmou que a unificação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é prejudicial. "Essa unificação é muito prejudicial porque os estados vão perder recursos", classifica.

Além do consórcio, os representantes estaduais conversaram sobre a questão da reforma do ICMS, renegociação da dívida dos estados com a União, projetos de educação que podem ser implantados nos estados, questão tributária dos territórios, como pacotes e aumentos de impostos, além das propostas do Brasil Competitivo.

Na ocasião, governador de MS, Reinaldo Azambuja,  falou sobre os aumentos de impostos estaduais. (Foto: Marcos Ermínio)
Na ocasião, governador de MS, Reinaldo Azambuja, falou sobre os aumentos de impostos estaduais. (Foto: Marcos Ermínio)

Segundo o governador de Goiás, Marconi Perillo, esse projeto quer estudar mudanças na gestão do poder público. "Essa proposta quer discutir mudanças na Previdência Social, estudar a questão da estabilidade do emprego público, além de analisar a reforma tributária, não só pra ICMS; além de discutir o número de partidos existentes", define.

Montante - No que diz respeito ao consórcio, cada Estado participante terá aporte de R$ 1,9. As próximas reuniões definirão como será feito esse repasse, se será parcelado, já que alguns estados enfrentam dificuldades financeiras, ou se será pago em única vez.

"Esse consórcio é algo moderno e novo, voltado para estados que têm economias semelhantes. Agora só restam às Assembleias Legislativas aprovar esse projeto", afirmou Confúcio Moura, governador de Rondônia.

Aprovação - Para participar do consórcio, as assembleias precisam aprovar a presença dos estados. Dos 6 que formam o bloco, 4 já tiveram aprovação, restando ainda Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

"Esse é um instrumento inédito no país e, hoje, discutimos educação como uma das prioridades. Cada estado vai poder levar sua experiência para o outro. Goiás, por exemplo, tem ótima gestão em educação e pode contribuir com os demais", compartilhou Pedro Taques, de Mato Grosso.

Para participar do consórcio, as assembleias precisam aprovar a presença dos estados. Dos 6 que formam o bloco, 4 já tiveram aprovação, restando ainda Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. (Foto: Marcos Ermínio)
Para participar do consórcio, as assembleias precisam aprovar a presença dos estados. Dos 6 que formam o bloco, 4 já tiveram aprovação, restando ainda Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. (Foto: Marcos Ermínio)

Para Perillo, os recursos podem ser usados em pesquisas comuns aos estados e, no futuro, o fundo pode até ser aumentado.

No DF - A próxima reunião do bloco será em Brasília. Segundo o governador do DF, Rodrigo Rollemberg, os participantes poderão discutir investimentos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), além de visitar os deputados no Congresso.

"Os governadores poderão pedir apoio para as pautas de cada Estado no Congresso. Os deputados, junto com o bloco, ficam mais fortes do que sozinhos", definiu Rollemberg.

O governador de Tocantins acredita que o consórcio vai "mudar o comportamento de todos os outros estados". Tanto que a reunião desta sexta contou com a participação de procuradores, presidentes de assembleias, entre outros representantes, o que "mostra que o bloco está crescendo", finalizou.

Nos siga no Google Notícias