Novas regras de crédito exigem mais cautela para empréstimos e financiamentos
As medidas para conter a inflação e frear o aumento da inadimplência no Brasil exigem atenção do consumidor, alerta o IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
As restrições afetam mais os consumidores que pretendem tomar crédito para pagar em longo prazo. Para financiamento de veículos com prazo de 24 a 36 meses, por exemplo, agora é preciso dar entrada de pelo menos 20%. Para parcelamentos acima de 60 meses, além da entrada, é preciso antecipar 16,5% do valor do bem.
A concessão de crédito consignado que é descontado direto na folha de pagamento também passou a ser mais rigorosa. Com a diminuição da taxa de crédito é possível que aumente a taxa de juros.
De acordo com o Idec é a lei da oferta e da procura. Como vai ter menos dinheiro disponível, quem buscar crédito vai pagar mais caro por isso. Dessa forma é importante que o consumidor seja ainda mais cauteloso antes de emprestar dinheiro ou entrar num financiamento.
A melhor opção é se planejar e juntar dinheiro para pagar à vista. Mas se precisar recorrer ao crédito prefira uma linha de crédito pessoal,o CDC (Crédito Direto ao Consumidor). De acordo com a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), a taxa de juros do CDC é bem menor do que a do cartão de crédito, cheque especial e financeira.
Crédito consignado deve ser mais rigoroso para quem pretende parcelar o pagamento em mais de 36 vezes, os juros não devem aumentar. A modalidade oferece as taxas baixas do mercado em média 2,40%.
O crédito consignado continua sendo a melhor opção para aposentados e pensionistas. A dica é optar por prazos mais curtos para pagar, pois mesmo com as taxas baixas, o parcelamento longo tem mais juros.