Oferta derruba preços de hortaliças em MS, mas frutas da entressafra encarecem
Alface e quiabo ficam mais baratos com produção local em alta; maracujá sobe 12,5% devido à baixa oferta

O boletim semanal da Ceasa (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), válido de 8 a 13 de setembro, revela um cenário de contrastes no mercado de hortifruti do Estado. Enquanto hortaliças tradicionais da mesa do sul-mato-grossense, como alface e quiabo, tiveram quedas expressivas no preço em razão da boa produção local, frutas em período de entressafra, como o maracujá, registraram forte alta nas cotações.
RESUMO
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Preços de hortaliças caem em Mato Grosso do Sul devido à alta oferta. Alface e quiabo tiveram quedas de 12,5% e 10%, respectivamente, beneficiando consumidores. Produção local e clima favorável contribuíram para a redução nos valores. Frutas da entressafra, como maracujá, registram alta. Maracujá azedo subiu 12,5%, impactado pela menor disponibilidade. Abacate, manga e melão também apresentaram aumento. Consumidores devem aproveitar a boa oferta de hortaliças e se preparar para preços mais altos em algumas frutas.
Segundo a Dimer (Divisão de Mercado de Abastecimento), a alface crespa, vendida em caixa de 7 kg, caiu de R$ 40 para R$ 35, recuo de 12,5%. O clima mais ameno após semanas de frio intenso favoreceu o desenvolvimento da verdura, aumentando a oferta. Como grande parte da produção vem de hortas do próprio Estado, a proximidade ajuda a garantir preços mais competitivos para os consumidores.
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Outra hortaliça de peso na culinária regional, o quiabo, também apresentou queda significativa. A caixa de 15 kg, que custava R$ 200, está sendo comercializada a R$ 180, redução de 10%. O aumento da produção interna foi determinante para a baixa, aliviando o custo em feiras e mercados de Campo Grande e do interior.
Em contrapartida, algumas frutas encareceram no entreposto. O destaque negativo foi o maracujá azedo, cuja caixa de 10/11 kg subiu de R$ 95 para R$ 105, alta de 12,5%. A entressafra reduziu a disponibilidade da fruta nas regiões produtoras, pressionando os preços para cima.
O boletim ainda apontou quedas para a batata inglesa (de R$ 120 para R$ 110 o saco de 50 kg) e para o mamão formosa (de R$ 70 para R$ 65 a caixa de 18/20 kg). Já no grupo das altas, além do maracujá, aparecem o abacate (de R$ 140 para R$ 150 a caixa de 18/20 kg, variação de 7,1%), a manga Tommy (R$ 50 para R$ 55 a caixa de 6 kg) e o melão espanhol (R$ 70 para R$ 75 a caixa de 13 kg).
Para os consumidores, a recomendação é aproveitar as hortaliças em abundância, que tendem a manter preços estáveis no curto prazo. Já para quem busca frutas típicas de entressafra, como maracujá e melão, a tendência é de valores mais elevados até a retomada da produção plena.
O acompanhamento semanal da Ceasa serve como termômetro para comerciantes, produtores e consumidores, já que reflete a dinâmica entre oferta, demanda, sazonalidade e clima, fatores que ditam o ritmo e o peso da cesta básica nos lares sul-mato-grossenses.