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Economia

Para economizar, 17% vão comprar presente das mães no próprio bairro

Mariana Rodrigues | 05/05/2016 17:20
O Dia das Mães é considerada a segunda maior data para o comércio, e só perde para o Natal em termos de expectativa de vendas. (Foto: Mariana Rodrigues)
O Dia das Mães é considerada a segunda maior data para o comércio, e só perde para o Natal em termos de expectativa de vendas. (Foto: Mariana Rodrigues)

Mantendo a tendência do ano passado, não são altas as expectativas de vendas para o Dia das Mães, e cada vez mais, clientes e empresários se adaptam a realidade. Este ano, mais gente vai optar por comprar no comércio de bairro, segundo pesquisa do IPF/MS (Instituto de Pesquisa Fecomércio).

A pesquisa mostrou que 17,2% vão comprar o presente no bairro em que moram, número bem maior que o registrado no ano passado, quando apenas 8% dos consumidores fariam esta opção. De acordo com esses dados é possível identificar que o perfil do consumidor mudou.

A economista da Fecomércio, Regiane Dedé de Oliveira, acredita que a explicação para essa mudança de comportamento é por conta da retração do país em meio a crise. "O consumidor está concentrado em não fazer dívidas, por isso procura locais mais próximos para não ter despesas maiores, em contrapartida a oferta em bairros aumentou", conta.

Ainda conforme a economista, com a crise aumentou o número de pessoas desempregadas e isso fez surgir novos empreendedores, pessoas que diante do momento difícil resolveram montar o próprio negócio. "São vários fatores que contribuíram para que o crescimento do indicador aumente", analisa.

Pesquisa - Outro item apontado é de que 59,2% campo-grandenses economicamente ativos devem ir ás compras com o objetivo de garantir o presente do Dia das Mães destes, 52,1% vão comprar no Centro de Campo Grande e 18,5% preferem os shoppings.

Na Loja Anna's Modas, algumas peças foram colocadas em promoção para atrair o cliente. (Foto: Mariana Rodrigues)
Na Loja Anna's Modas, algumas peças foram colocadas em promoção para atrair o cliente. (Foto: Mariana Rodrigues)

De acordo com Regiane, mesmo com essa fatia significativa comprando no Centro e nos shoppings, os bairros ainda são uma boa opção devido a proximidade e facilidade. "Os shoppings oferecem outras opções como entretenimento e alimentação. O consumidor acaba gastando menos se fica no bairro, pois não tem tentações" diz.

Ela acredita que mesmo com as promoções e descontos nessa época nessas lojas do Centro e shopping, o consumidor está retraído e acaba tendo o comportamento de comprar no bairro, para gastar menos.

Otimismo - Mesmo a expectativa não sendo muito boa, já que a pesquisa mostra que o comércio deve movimentar R$ 159,46 milhões, valor 25,7% menor em comparação com os R$ 214,5 milhões gastos em 2015, os comerciantes das lojas dos bairros estão otimistas.

No bairro Cophavilla II, por exemplo, uma gerente que preferiu não se identificar, contou que para a data, foram contratados três funcionários temporários. Ela disse que apesar das vendas estarem piores que no ano passado, teve um aumento por conta do frio. "Percebemos que estamos vendendo mais para consumo próprio e não presentes, mas ainda assim acreditamos que as vendas para os Dia das Mães vai se intensificar mesmo na sexta e no sábado".

A comerciante Cleuza dos Santos, da loja Anna's Moda, localizada no mesmo bairro, na Rua Península, conta que as vendas este ano estão médias. Com a loja aberta há 3 anos, vendendo roupas, calçados e acessórios, ela diz que teve que espera que as coisas melhorem na véspera.

"Estamos com várias peças em promoção para a data, além disso vamos abrir no domingo para atender quem deixou para comprar o presente na última hora", conta.
De acordo com Cleuza, no sábado o atendimento será das 8h às 20h e no domingo a loja abre até às 12h.

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