ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, TERÇA  19    CAMPO GRANDE 28º

Economia

Pesquisa mostra que 445 mil estão abaixo da linha de pobreza em MS

Essas pessoas receberam, no ano passado, até R$ 385 por mês, diz IBGE

Osvaldo Júnior | 15/12/2017 18:35
Moradores da antiga favela Cidade de Deus; em MS, 17% estão abaixo da linha de pobreza (Foto: Marcos Ermínio)
Moradores da antiga favela Cidade de Deus; em MS, 17% estão abaixo da linha de pobreza (Foto: Marcos Ermínio)

Em Mato Grosso do Sul, quase 445 mil pessoas vivem abaixo da linha de pobreza. Essa parcela populacional sobrevive com renda de até R$ 385 por mês ou de R$ 12,8 por dia. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e integram a SIS (Síntese dos Indicadores Sociais).

De acordo com a pesquisa, havia, em 2016, 2,617 milhões de pessoas residindo em Mato Grosso do Sul. Parte significativa desse universo vivia em condição de pobreza – conforme valor adotado pelo Banco Mundial, são pobres os que contam com renda média de até US$ 5,5 por dia.

O IBGE, usando essa classificação, verificou que, no ano passado, 17% dos sul-mato-grossenses, o equivalente a 444,89 mil pessoas, tinham rendimento de até R$ 385, o que representa menos da metade do salário mínimo vigente naquele ano, de R$ 880.

A situação era ainda mais crítica para 122,99 mil pessoas (4,7% da população), cujo rendimento mensal chegava a um quarto do salário mínimo ou a R$ 220. Receber esse montante por mês significa ter que garantir a sobrevivência com R$ 7 por dia, o suficiente para, no máximo, três litros de leite.

A pesquisa mostra também que, em Mato Grosso do Sul, a parcela 1% mais rica ou cerca de 26 mil pessoas tinham renda média de R$ 14.434. Por outro lado, os 20% com os menores rendimentos recebiam a média de R$ 334. O valor dos mais ricos é 43 vezes maior que o dos mais pobres.

Índice Gini – Esses números fizeram com que o Estado apresentasse índice Gini de 0,479 em 2016. Esse índice, que serve de instrumento para medir a concentração de renda, varia de 0 a 1, sendo 0 para a igualdade absoluta e 1 para a riqueza totalmente concentrada nas mãos de uma só pessoa.

O índice de Mato Grosso do Sul, embora seja expressivo, está abaixo ao do Brasil, que foi de 0,525. Ou seja, o Estado tem menos desigualdade que a média do País.

Nos siga no Google Notícias