Postos alegam prejuízo e restringem abastencimento a viaturas em MS
Oscilações nos valores não são repostas pelo governo, segundo empresas alegam

Não tem quem fique imune à alta do preço dos combustíveis, mesmo quem não usa transporte movido a gasolina, diesel ou álcool. Exemplo disso é que, diante de preços que já aumentaram em mais de um terço no último ano, em relação à gasolina, fornecedores para a frota oficial de Mato Grosso do Sul estão se recusando a abastecer os veículos, alegando diferença entre o valor pago pelo Estado e o que está em prática no mercado.
O reflexo é direto. Nas forças de segurança, por exemplo, a reportagem apurou que policiais já sabem que neste ou naquele determinado lugar, não vão conseguir colocar combustível nos veículos, principalmente gasolina, cujos preços tiveram aumentos seguidos.
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Existe contrato do governo de Mato Grosso do Sul com a rede Taurus e os funcionários que usam veículos oficiais recebem cartão para o processo de compra.
De acordo com informações obtidas pelo Campo Grande News, na região sul do Estado, a queixa é de que enquanto o posto paga R$ 4,91, o governo quer pagar apenas dois centavos a mais, R$ 4,93.
O álcool hidratado, conforme essa mesma fonte, com base em nota de compra, tem preço de R$ 3,97 e o valor recebido do Estado no momento é de R$3,55. O óleo diesel comum tem valor para o empresário de R$3,97 e o pagamento está previsto em R$ 3,88.
Assim vamos ganhar dinheiro como?”, questionou dono de estabelecimento à reportagem, com a condição de ter a identidade preservada. Na visão desse comerciante, as empresas estão “pagando” para abastecer a frota oficial.
Oscilação - Durante solenidade de entrega de viaturas nesta tarde, o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, admitiu a situação, atribuída à escalada no preço dos combustíveis.
Alguns dos postos distribuidores estão alegando que o preço hoje pago pela distribuidora, como aumentou muito, não tem dado lucro, muito pelo contrário, prejuízo”.
Segundo Videira, a Secretária de Administração tem feito a atualização dos valores e até mudou o prazo para isso. “Nós fazíamos mensalmente, quinzenalmente e agora estamos fazendo duas vezes por semana”, relatou.