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Economia

Prejuízos nas lavouras de milho podem chegar a R$ 200 milhões após geadas

Fabiano Arruda | 01/07/2011 12:10
Lavoura de milho sofreu neste ano com chuvas, estiagem e geadas. (Foto: Marcelo Victor)
Lavoura de milho sofreu neste ano com chuvas, estiagem e geadas. (Foto: Marcelo Victor)

Depois das geadas registradas na região Centro-Sul do Estado entre segunda e terça desta semana, os prejuízos na lavoura de milho podem chegar a R$ 200 milhões nos municípios mais atingidos. Os danos foram registrados nas plantações que ocorreram depois do dia 15 de março. A quebra de produtividade pode representar 612 mil toneladas de grãos. Mais de 300 mil hectares foram afetados.

Os dados foram divulgados pela Fundação MS, órgão especializado em pesquisa agropecuária. O instituto afirma que ainda é cedo para mensurar com exatidão as perdas. As chuvas que ocorreram após as geadas também dificultam os levantamentos.

Os estragos ainda podem aumentar com previsão de geada para o início deste mês nas áreas já afetadas. Neste caso, até os plantios regulares, feitos em março, podem ser comprometidos. Antes das baixas temperaturas, as lavouras de milho já haviam sofrido com o período de estiagem.

Cerca de 50% da plantação do milho safrinha, realizada fora de época este ano, ficou suscetível às baixas temperaturas. A estimativa é que a média produtiva sofra queda de até 20% em todo Estado.

Na região Centro-Sul as perdas também foram bastante acentuadas. Para o município de Maracaju, maior produtor de milho safrinha do Estado, as perdas podem alcançar R$ 32,8 milhões. Os municípios de Sidrolândia, Rio Brilhante e a região da Grande Dourados engrossam a lista.

Ainda conforme a Fundação, a região do Cone Sul foi mais afetada. Em Aral Moreira, as geadas ocorreram em 100% das áreas e com alta intensidade. Nesta região, as perdas podem chegar a R$ 13,6 milhões.

Já em Naviraí 80% das lavouras apresentaram danos. Considerando que 50% do milho foi semeado fora do período ideal, as perdas podem chegar a R$ 7,7 milhões.

O levantamento não considera as perdas em outras culturas como aveia, trigo, feijão, cana-de-açúcar e pastagens que também foram prejudicadas.

Seguro - Com tamanha influência climática na agricultura, o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Eduardo Riedel, disse ontem, em entrevista na sede da entidade, que a única saída em proteção ao produtor é uma melhor política de segurança.

“As perdas só não são maiores porque o produtor desfruta hoje de alta tecnologia. O seguro rural é uma saída”, comenta.

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