Produção agropecuária cresce 23,6% e chega a R$ 76,3 bilhões
Estado mantém 7ª posição no ranking nacional e projeta safra maior ao fechar o balanço anual
Mato Grosso do Sul deve fechar o ano com o Valor Bruto da Produção Agropecuária acima de R$ 76,3 bilhões, segundo a Carta de Conjuntura da Agropecuária divulgada nesta segunda-feira pela Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). O avanço é de 23,68% em relação a setembro do ano passado, quando o montante era de R$ 61,7 bilhões.
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O Valor Bruto da Produção Agropecuária de Mato Grosso do Sul deve alcançar R$ 76,3 bilhões em 2024, um crescimento de 23,68% em relação ao ano anterior. O estado mantém a 7ª posição no ranking nacional, com a agricultura respondendo por 63,83% do total e a pecuária por 36,16%. A soja lidera com 34,48% do VBP estadual, seguida pela pecuária bovina com 26,76%. O estado apresenta significativa diversificação na produção, com crescimento expressivo em culturas como amendoim, sorgo e arroz. No setor pecuário, destaca-se o aumento de 13,13% no rebanho de aves, que atingiu 125 milhões de cabeças.
Com esse desempenho, o Estado mantém a 7ª colocação no ranking nacional, respondendo por 5,42% do VBP (Valor Bruto da Produção Agropecuária) brasileiro.
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A agricultura segue como principal fonte de renda, responsável por 63,83% do total. O segmento deve atingir R$ 48,71 bilhões, crescimento de 19,54% na comparação com 2024. A pecuária representa 36,16% do VBP estadual, somando R$ 27,60 bilhões, alta de 31,71% em um ano.
Entre os produtos, soja e bovinos continuam liderando com folga. A oleaginosa responde por 34,48% do VBP estadual, seguida pelo gado de corte com 26,76%. Milho aparece com 14,42%, cana-de-açúcar com 11,63%, frango com 4,38%, suínos com 3,77% e demais itens somam 9,56%.
A pesquisa também projeta aumento na produção agrícola estimada para 2025. A expectativa é de colheita de 76,93 milhões de toneladas, alta de 2,27% em relação a outubro do ano passado. A área colhida deve chegar a 7,56 milhões de hectares, incremento de 5,58%. Desse total, 24,74 milhões de toneladas correspondem a cereais, leguminosas e oleaginosas.
A diversificação aparece como uma das marcas da safra. Amendoim da primeira safra registra aumento de 276%, sorgo cresce 72% e arroz, 42%. O sorgo tem ganhado protagonismo, com expansão de quase 64% na área plantada, que saltou de 84 mil para 137,8 mil hectares.
O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, afirma que a ampliação das alternativas produtivas é estratégica. “Investimos na diversificação de culturas com a inserção de espécies como o amendoim e o sorgo, que hoje figuram como destaque na agropecuária estadual”, disse.
O boletim também mostra ajustes no setor pecuário. O maior crescimento aparece no rebanho de aves, que chegou a 125 milhões de cabeças, aumento de 13,13%. Em seguida vem o bicho-da-seda, com 20 milhões de cabeças e alta de 0,84%. Outras categorias somaram crescimento de 98,53%.
Em setembro, o setor agropecuário empregava 100.125 trabalhadores. O subsetor de Agricultura, Pecuária e Serviços Relacionados concentrou 83.194 desses postos, o equivalente a 83,09% do total. O salário médio de admissão ficou em R$ 2.282,02.
Entre janeiro de 2020 e outubro de 2025, o número de trabalhadores formais no agro sul-mato-grossense cresceu 33,23%. Verruck afirma que os indicadores reforçam a solidez do setor. Para ele, os resultados são consequência da combinação entre tecnologia, organização produtiva e políticas públicas.
“O crescimento expressivo do VBP e da produção agrícola e pecuária mostra que Mato Grosso do Sul permanece em trajetória sólida de expansão. Trabalhamos para garantir segurança jurídica, infraestrutura, logística e incentivos que permitem ao setor crescer com sustentabilidade. Os dados comprovam que nosso planejamento está no caminho certo e que o agro segue sendo o motor do desenvolvimento econômico do Estado”, afirmou.
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