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Economia

Produção industrial em MS recua 8,8 pontos e fecha 2015 em queda

Liana Feitosa | 22/01/2016 09:48
De forma geral, os empresários da indústria de MS não acreditam que haverá melhora significativa no cenário nos próximos 6 meses. (Foto: Divulgação Fiems)
De forma geral, os empresários da indústria de MS não acreditam que haverá melhora significativa no cenário nos próximos 6 meses. (Foto: Divulgação Fiems)

Último levantamento que avalia a produção industrial no Estado feito pela Fiems (Federação das indústrias de MS) apontou que 2015 fechou com produção marcando 33,2 pontos, o que significa um recuo de 8,8 pontos em relação ao mês anterior, novembro, e 9,8 pontos atrás do mesmo mês de 2014.

A pesquisa, que faz parte da Sondagem Industrial, apontou que a forte queda foi percebida após quatro meses de relativa estabilidade no setor industrial sul-mato-grossense. A produção de 56,6% das empresas participantes da pesquisa foi menor em dezembro do que no mês de novembro. Além disso, 61,3% das participantes utilizaram nível de capacidade instalada abaixo do usual para o mês.

Comparativo - "O índice marcou 32,8 pontos em dezembro, queda de 5,7 pontos no comparativo com igual mês de 2014, mantendo o resultado muito abaixo do patamar considerado adequado para o período, que é alcançado quando o indicador se situa em torno dos 50 pontos", afirmou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende. A ociosidade média no mês de dezembro foi, portanto, de 38%.

De forma geral, os empresários da indústria de MS não acreditam que haverá melhora significativa no cenário em relação à demanda por seus produtos, quantidade exportada, número de empregados e compras de matérias-primas nos próximos seis meses.

Exceção - “Com exceção da quantidade exportada, os índices que medem a expectativa em relação à demanda por seus produtos, número de empregados e compras de matérias-primas ficaram, mais uma vez, abaixo dos 50 pontos”, afirmou. Valores abaixo de 50 pontos significam insatisfação.

Além disso, os empresários ficaram insatisfeitos com a margem de lucro operacional no quarto trimestre de 2015, com o indicador alcançando 34,1 pontos. Comportamento semelhante foi observado em relação às condições de acesso ao crédito e situação financeira geral da empresa, em que os indicadores alcançaram os 30,7 e 35,8 pontos, respectivamente.

A situação financeira geral da empresa também foi vista com pessimismo e considerada ruim por 56,8% dos respondentes. Além disso, 76,8% responderam que houve aumento dos preços das matérias-primas utilizadas.

Principais problemas - A elevada carga tributária, falta ou alto custo de energia, demanda interna insuficiente, falta de capital de giro e taxa de juros elevadas foram os principais problemas apontados pelos industriais sul-mato-grossenses. “Ainda chamaram a atenção a falta ou alto custo da matéria-prima e a inadimplência dos clientes”, ampliou o coordenador do levantamento.

Pessimismo - O ICEI/MS (Índice de Confiança do Empresário Industrial em MS) também segue nos mais baixos patamares da série histórica. “Janeiro de 2016 marca o 18º mês consecutivo com o índice inferior aos 50 pontos, marcando 34 pontos. O resultado permanece abaixo da linha divisória dos 50 pontos, principalmente, pelo pessimismo apresentado em relação às atuais condições da economia brasileira, sendo a variável de pior desempenho, marcando somente 16,8 pontos”, detalhou Resende.

Para 93,2% dos empresários participantes as condições atuais da economia brasileira pioraram, enquanto no caso da economia estadual, na mesma comparação, a piora foi apontada por 81,4% dos participantes.
Além disso, 76% dos empresários industriais do Estado não pretendem investir nos próximos seis meses.

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