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Economia

Produtos de limpeza sobem até 53% e consumidor usa técnica de economia

Mariana Rodrigues | 18/12/2015 08:27
No mês de dezembro deste ano os produtos de limpeza ficaram até 53% mais caros se comparado ao mesmo período do ano passado. (Fernando Antunes)
No mês de dezembro deste ano os produtos de limpeza ficaram até 53% mais caros se comparado ao mesmo período do ano passado. (Fernando Antunes)

Em dezembro deste ano os produtos de limpeza ficaram até 53% mais caros se comparado ao mesmo período do ano passado. Esse encarecimento tem levado o consumidor a pesquisar mais e usar métodos para economizar, como o uso da caderneta, anotando tudo o que compra e fazendo um balanço dos gastos mensais. Outros preferem peregrinar de mercado em mercado, em busca de preços melhores, e no final ver em qual compensa mais.

De acordo com levantamento do IPC/CG (Índice de Preço ao Consumidor de Campo Grande), divulgado pela Uniderp Anhanguera, a água sanitária da marca Brilhante de um litro foi o item que mais encareceu, registrando alta de 53,19%. Em dezembro do ano passado ela custava R$3,54 e neste ano passou a custar R$5,42. O sabão em pó Omo Progress de 1kg saltou de R$ 8,12 para R$ 10,99, isso representa um aumento de 35,34%.

Vera Calobrise Romero,anota tudo o que compra no supermercado para fazer um balanço mês a mês. (Fernando Antunes)
Vera Calobrise Romero,anota tudo o que compra no supermercado para fazer um balanço mês a mês. (Fernando Antunes)

Vera Calobrise Romero, 67 anos, é uma dessas consumidoras que anota tudo o que compra no supermercado para fazer um balanço mês a mês. Com esse controle financeiro ela vem notando que os preços estão cada vez maiores, principalmente os produtos de limpeza. "Está tudo caro, não tem nada barato", lamenta. Ela não contabilizou o quanto os produtos ficaram mais caros, nem quanto o total de cada mês de sua caderneta já subiu, mas ela sobe que os preços estão bem diferentes do início do ano. "Todo mês eu anoto e vejo a diferença e olho nas outras páginas o que eu já comprei e a diferença é enorme".

Com os preços subindo, Vera comenta que passou a comprar produtos que vai consumir no mês. "Antigamente eu fazia uma compra para o mês, agora isso acabou, vou comprando o que é necessário, guardo um pouco de dinheiro para não me enfiar no cartão de crédito e quando falta vou ao mercado e compro, mas as vezes deixo passar de um mês para o outro", explica ela, que devido ao valor absurdo dos produtos ela, as vezes, deixa de comprar alguns produtos durante o mês.

Outra que também notou o aumento dos preços foi Maria do Socorro Nunes Figueiredo, 36 anos. Ela trabalha com serviços gerais em um prédio que fica próximo a um supermercado e a forma que ela encontrou para economizar é dividir as suas compras entre o comércio perto do seu serviço e o que fica perto de sua casa. "No supermercado próximo ao meu serviço eu compro os produtos de limpeza que estão mais baratos e no que fica perto da minha casa eu compro o restante".

Maria do Socorro Nunes Figueiredo,  pesquisa bastante antes de comprar. (Fernando Antunes)
Maria do Socorro Nunes Figueiredo, pesquisa bastante antes de comprar. (Fernando Antunes)
Joel Pereira da Silva, diz não notar a aumento dos preços. (Fernando Antunes)
Joel Pereira da Silva, diz não notar a aumento dos preços. (Fernando Antunes)

Maria faz compras para o mês, pois para ela é melhor, já que na sua casa moram muitas pessoas. Ela reclama dos preços que tem encontrado nos supermercados e afirma que não é vantajoso comprar em atacados. "Realmente todos os produtos estão caros, desde amaciante até sabão em pó, mas eu ainda prefiro comprar em mercados, porque os atacados ficam longes para mim e o que eu vou gastar com transporte não compensa, pois nos outros supermercados eles entregam", diz.

Mas há consumidores que ainda não notaram a diferença nos preços dos produtos, é o caso de Joel Pereira da Silva, 55 anos, assistente operacional, ele faz compras todo o mês, mas não considera que os preços estejam tão fora do normal."Não senti muita diferença nos preços, para mim ainda está normal".

Outros preços - Outros produtos que apresentaram alta foram: O sabão em barra Minuano Glicerinado Neutro com cinco unidades passou de R$5,15 para R$7,09 (37,58%), o Alvejante sem cloro Brilhante Utile (750ml), subiu de R$ 6,49 para R$ 8,49 (30,77%). O inseticida aerosol Raid Ação Total (300ml) custava R$7,74 no ano passado e subiu para R$9,55 (23,32%).

A vassoura de Nylon Nova Condor subiu de R$9,99 para R$12,89 (29,03%), outro item que apresentou alta foi o amaciante de roupas Fofo (2l), que custava R$8,49 e agora custa R$10,19, um aumento de 20,02%. Entre os itens que registraram queda, estão o álcool líquido Zulu com -11,31% e o desinfetante Pinho Sol (500ml) que passou de R$ 3,84 para R$3,46 (-10,03%).

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