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Economia

Produtos para mulheres ficam 13% mais caros; o dobro da inflação

Priscilla Peres | 23/03/2015 11:40
Produtos de higiene pessoal, roupas e sapatos contribuem para o aumento no período. (Foto: Alcides Neto)
Produtos de higiene pessoal, roupas e sapatos contribuem para o aumento no período. (Foto: Alcides Neto)

A inflação de produtos utilizados pelas mulheres no dia a dia subiu 13,80% em 2014, o dobro do índice do país que foi de 6,88%. A pesquisa foi elaborada pelo Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas) da Universidade Anhanguera-Uniderp, com dados do IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor) e em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

O levantamento levou em consideração produtos e serviços inseridos no cotidiano do público feminino, como procedimentos estéticos básicos, itens de perfumaria e higiene, além de peças do vestuário. Na pesquisa é possível notar que alguns produtos tiveram aumentos consideráveis, que passam de 30%.

No grupo Despesas Pessoais aparecem as maiores altas. O serviço de manicure, por exemplo, teve alta de 92% em determinados salões de beleza, o corte de cabelo subiu até 33%, o serviço de pedicure 28,57% e a tintura atingiu 25% de acréscimo.

Para o coordenador no Nepes Anhanguera-Uniderp, Celso Correia, a elevação nos preços da matéria-prima aliado ao encarecimento de custos de manutenção do estabelecimento, como aluguel, água e energia, além de reajuste salarial dos profissionais, contribuíram para a inflação.

“O poder aquisitivo do consumidor brasileiro aumentou nos últimos anos, houve uma grande migração de pessoas das classes D e E para as classes B e C, o que reflete na demanda por produtos/serviços de beleza”, complementa o professor. O grupo Vestuário também ficou bem mais caro, até 43%.

A coordenadora do curso de Moda da Anhanguera-Uniderp, Carolina Debus, dá dicas e afirma que o segredo é não se deixar levar pelo consumismo. “Se o orçamento está apertado, as mulheres devem avaliar que o que é supérfluo, desnecessário, pode ser deixado de lado. Temos o poder de escolha, basta repensar como utilizamos nossas roupas e inventar novos jeitos”, explica.

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