ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 29º

Economia

Reajuste "abusivo" na tarifa de energia elétrica gera discussão na AL

Michel Faustino e Leonardo Rocha | 20/08/2014 13:54
Deputado considera reajuste abusivo e diz que vai recorrer ao Ministério Público (foto:Wagner Guimarães/ALMS)
Deputado considera reajuste abusivo e diz que vai recorrer ao Ministério Público (foto:Wagner Guimarães/ALMS)

Deputados estaduais condenaram o tarifaço autorizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) nas contas de energia elétrica de cinco municípios de Mato Grosso do Sul. Eles consideram o aumento de 35% abusivo e vão pedir para o MPE (Ministério Público Estadual) investigar a arbitrariedade.

O reajuste de quase 36% na tarifa, que atinge os municípios de Três Lagoas, Brasilândia, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Anaurilândia, gerou discussão na sessão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul na manhã de hoje (20). As cidades sul-mato-grossenses estão entre as 223 atendidas pela concessionária Elektro, do Estado de São Paulo.

O deputado Eduardo Rocha (PMDB) criticou o aumento da energia elétrica, que passa a valer a partir do dia 27. Segundo ele, o valor considerado abusivo deve ser investigado pelo MPE.

Para o deputado, o aumento não condiz com a situação econômica do brasileiro. “Não é possível que isso aconteça no país em um momento que a inflação está em mais de 6%”, afirmou. O "tarifaço" irá atingir mais de 2,4 milhões de consumidores residenciais atendidos pela Elektro. Para esse tipo de cliente, o reajuste será de 35,7%.

A indústria também será atingida com reajuste de 40,7%. De acordo com Eduardo Rocha, o aumento freia a economia do Estado. “É um crime contra o crescimento sul-mato-grossense. Será que é uma retaliação do Estado de São Paulo para fechar na marra nossas indústrias?”, questionou o parlamentar, que deve acionar o Ministério Público para averiguar o tarifaço. “Não é possível que a Aneel tenha autorizado esse reajuste abusivo. Precisamos saber o porquê dessa autorização”, reclamou.

De acordo com a Aneel, o item que mais teria impactado o reajuste da Elektro seria o aumento dos custos que a empresa teve com compra de energia. Outros fatores, como aumento nos custos com transporte de energia e pagamento de encargos setoriais, também teriam influências.

O deputado Amarildo Cruz (PT) sugeriu a realização de uma audiência pública e até mesmo de uma CPI para esclarecer junto da Aneel e da Elektro as causas do aumento da tarifa. O deputado Junior Mochi (PMDB), líder do governo na Assembleia Legislativa, se colocou à disposição para averiguar a viabilidade do reajuste.

Nos siga no Google Notícias