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Economia

Rendimento dos mais pobres de MS teve queda de 42% em apenas um ano

Os 10% mais ricos ganham 60 vezes mais que os 10% mais pobres do Estado

Osvaldo Júnior | 11/04/2018 17:55
Centro de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Centro de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Entre os pobres e ricos de Mato Grosso do Sul, há um abismo cada vez maior. Conforme a PNADC (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada nesta quarta-feira (dia 11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o rendimento dos 10% mais ricos do Estado aumentou 4% e o dos mais pobres caiu 42,85% na comparação entre 2017 e 2016.

No ano passado, havia 1,24 milhão de sul-mato-grossenses com mais de 14 anos com alguma renda. Os 10% com os melhores rendimentos desse grupo recebiam a média de R$ 8.104 por mês, 60 vezes mais os R$ 136 ganhos em média pelos 10% mais pobres. Em outras palavras, as pessoas mais pobres precisariam de cinco anos para ganhar a mesma quantia recebida pelos mais ricos em apenas um mês.

A pesquisa também mostra que a parcela de 1% que está no topo da pirâmide socioeconômica sul-mato-grossense ganhava, no ano passado, R$ 18.047 em média por mês. Esse valor, entretanto, caiu – em 2016 era de R$ 22.236.

A concentração de renda também é expressiva no Estado. No ano passado, os 10% mais ricos tinham 36,7% de toda massa de rendimento, equivalente a R$ 2,64 bilhões. Isso significa que esse grupo populacional concentrou, em 2017, R$ 970 milhões de todo valor recebido pelos que tinham alguma ocupação em Mato Grosso do Sul.

Gênero e raça – Mato Grosso do Sul continua desigual em raça e gênero, embora essa distância esteja menor. Entre os valores médios recebidos no Estado, o da mulher é o menor.

Em 2017, o salário médio dos homens era de R$ 2.385, valor 33% maior que os R$ 1.788 recebido pelas mulheres. Essa diferença era ainda maior em 2016: de 38% – eles recebiam a média de R$ 2.395 e elas, de R$ 1.735.

Também reduziu a distância entre rendimentos de brancos e negros. Em 2016, a renda dos brancos era de R$ 2.468, montante 34% acima do recebido pelos negros, de R$ 1.832. No ano seguinte, a diferença reduziu para 28%: o valor médio ganho pelos brancos foi de R$ 2.471 e o dos negros, de R$ 1.925.

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