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Economia

Sindicato dos aposentados considera absurdo veto e quer nova proposta

Liana Feitosa | 18/06/2015 09:57

A regra 85/95, proposta para calcular as aposentadorias no país, foi vetada nesta quarta-feira (17) pela presidente Dilma Rousseff (PT) no formato prescrito pelo Congresso Nacional. Apesar de manter a fórmula 85/95, a presidente quer instituir nova regra de progressividade. No entanto, a decisão é classificada como absurda por representantes dos aposentados do Estado e do país.

A ideia original, previamente aprovada pelo Congresso Nacional, estipulava a regra de 85 pontos (idade+tempo de contribuição para mulheres) e 95 pontos (idade+tempo de contribuição para homens) para calcular o direito.

Previdência - No entanto, o governo não aprovou a decisão por classificar a proposta “insustentável” a longo prazo. “A presidenta Dilma Rousseff veta o Projeto de Lei de Conversão 4/2015 e edita medida provisória que assegura a regra de 85 e 95 pontos. Ao mesmo tempo, introduz a regra da progressividade, baseada na mudança de expectativa de vida e, ao fazê-lo, visa garantir a sustentabilidade da Previdência Social”, afirma a nota divulgada pela assessoria do Palácio do Planalto.

Agora, o governo quer apresentar MP (medida provisória) que propõe uma regra de progressividade, com base na expectativa de vida do contribuinte. Para o campo-grandense Jânio Macedo, uns dos diretores do Sindicato Nacional dos Aposentados, o veto gera "muita preocupação".

Decepção - "Estamos muito preocupados e também decepcionados, principalmente com os trabalhadores da ativa, que deviam esta mais articulados, mais engajados nessa causa porque a decisão da presidente está envolve a vida deles. Os trabalhadores da ativa precisavam estar mais preocupados com essa questão", desabafa.

Segundo o presidente nacional do sindicato, João Batista Inocentini, apesar do clima de indignação, o plano agora é lutar por mobilizações maiores em prol dos aposentados.

"Nós tivemos uma reunião na terça-feira, ontem e hoje. Ficou combinado de estruturarmos uma proposta até amanhã e apresentarmos isso até dia 14 de julho em reuniões com deputados e senadores. Queremos colocar para apreciação nosso plano de luta", adianta.

Análise - Para ele, o veto da presidente indica que todo trabalhador precisará mais para ter acesso à aposentadoria. "De certa forma a Dilma na realidade quer acabar com aposentadoria por tempo de contribuição e focar apenas no acesso ao direito por idade", analisa.

"O problema é que, com isso, dificilmente quem trabalha na indústria, por exemplo, vai conseguir aposentar porque esses setores não vão manter seus trabalhadores até que eles atinjam idade avançada. Por isso, ao atingir certa idade, serão demitidos e dificilmente conseguirão nova oportunidade de trabalho", conclui.

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