Suzano reverte prejuízo de 2024 e alcança lucro de R$ 5 bilhões no trimestre
Empresa tem três plantas industriais no Estado e deve aumentar produção em Ribas

A Suzano, maior produtora de celulose de mercado do mundo, apontou o registro de um lucro líquido de R$ 5 bilhões no segundo trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 3,77 bilhões apresentado no mesmo período de 2024. A companhia atribuiu o resultado positivo às mudanças no dólar nos dois períodos, além do acréscimo do volume da venda da celulose. A empresa tem três plantas industriais no Estado, duas em Três Lagoas e uma em Ribas do Rio Pardo, que deve ampliar a produção.
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A Suzano, maior produtora de celulose do mundo, registrou lucro líquido de R$ 5 bilhões no segundo trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 3,77 bilhões do mesmo período de 2024. O resultado foi impulsionado pela desvalorização do dólar, que favoreceu o desempenho financeiro, e pelo aumento nas vendas de celulose e papel, que cresceram 28% e 24%, respectivamente. A empresa também anunciou a ampliação da produção em sua unidade de Ribas do Rio Pardo, com expectativa de aumentar a capacidade em até 150 mil toneladas anuais. A Suzano revisou ainda sua previsão de investimentos para 2025, elevando-a de R$ 12,4 bilhões para R$ 13,3 bilhões, após firmar contrato com a Eldorado Brasil Celulose para permuta de madeira em Mato Grosso do Sul.
Conforme dados publicados no jornal Valor, houve variação positiva no resultado financeiro em função da desvalorização do dólar de fechamento em relação ao real, de 5%, quando no período em 2024 ocorreu valorização de 11%. A situação gerou resultado financeiro líquido de R$ 4,42 bilhões no intervalo, contra o negativo de R$ 11,07 bilhões no segundo trimestre de 2024. A variação cambial teria favorecido o desempenho positivo em quase R$ 3 bilhões, enquanto o desempenho com operações com derivativos foi positivo em R$ 2,66 bilhões.
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A empresa também revelou crescimento de 16% na receita líquida na comparação anual, com R$ 13,3 bilhões. Aqui, a Suzano atribui ao crescimento nas vendas, de 28% em celulose e 24% superior com papel, além da valorização do dólar médio em relação ao real médio, em 9%. As vendas de celulose totalizaram 3,27 milhões de toneladas no trimestre, alta de 28% na comparação anual, e as vendas de papel chegaram a 235 mil toneladas, alta de 24%.
Mas o setor também enfrentou queda no valor da celulose em dólar, de cerca de 20%. Nas informações ao mercado, a Suzano ainda apontou avanço de 25% no resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) no período e recuo de 3% na comparação anual, com margem Ebitda de 46% e geração de caixa operacional de R$ 4,15 bilhões, 8% menor. Em 30 de junho, a dívida líquida da Suzano era de R$ 70,8 bilhões (US$ 13,0 bilhões), inferior aos R$ 74,2 bilhões (US$ 12,9 bilhões) observados em 31 de março. A alavancagem ficou em 3,1 vezes em dólar.
A Suzano revisou a previsão de investimento para o ano, de R$ 12,4 bilhões para R$ 13,3 bilhões, o que se relaciona com a assinatura de contrato com a Eldorado Brasil Celulose, ontem, para permuta de 18 milhões de metros cúbicos de madeira em pé, localizados no Estado de Mato Grosso do Sul. Essa transação vai permitir à Suzano ampliar a produção de celulose em Ribas, de 100 mil a 150 mil toneladas a mais por ano, segundo a empresa divulgou. A unidade tem capacidade de produzir por ano 2,55 milhões de toneladas de celulose de fibra curta.