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Economia

Termelétrica que funcionará com biomassa de eucalipto recebe licença ambiental

Ricardo Campos Jr. | 25/01/2018 08:35

O Governo de Mato Grosso do Sul concedeu a licença prévia que autoriza os estudos de implantação da Usina Termelétrica Onça Pintada. O empreendimento deverá ser o primeiro no estado a operar a partir de biomassa de eucalipto e pertence à Eldorado Brasil Celulose.

Segundo informações da assessoria de imprensa da Semagro (Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), a obra deve custar em torno de R$ 320 milhões e deve gerar mil empregos diretos e indiretos na fase de instalação.

No site da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) consta que a usina ficaria na cidade de Aparecida do Taboado, mas os projetistas alteraram o local e ela será erguida em Selvíria, a 404 quilômetros de Campo Grande. Quando estiver funcionando, terá capacidade para gerar 50MW de energia.

A Eldorado informou que os estudos devem ser concluídos até o segundo semestre deste ano e a termelétrica deve começar a funcionar em 2021.

Conforme a Semagro, o projeto é importante na linha de uso alternativo de madeira e inaugura uma nova fase na silvicultura sul-mato-grossense. O empreendimento será importante para a diversificação do uso de restos florestais, como folhas, raízes, cascas e demais subprodutos que não servem para produzir a celulose.

A biomassa se transforma em energia a partir da combustão do material orgânico, sendo considerada uma fonte de energia limpa e de ganho ambiental, já que o material poderia causar impactos na natureza ao apodrecer.

Conforme a Semagro, a Eldorado sinalizou que poderá instalar mais duas termelétricas em Selvíria depois de avaliar o mercado do setor: a Tuiuiú e Sucuri, cada uma com capacidade de 50 MW. Para que isso aconteça, é preciso que ela participe do leilão da Aneel.

Mato Grosso do Sul tem outras três termelétricas cujas obras ainda não começaram, mas que já obtiveram aval da União: a Eldorado e Cerona em Nova Andradina; e a Costa Rica I em Costa Rica. Esta última foi enquadrada pelo Governo Federal no Reidi (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura) em novembro do ano passado.

Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), as obras da Costa Rica I estavam previstas para começar no dia 15 de dezembro. O prazo para que o local entre em operação expira em 5 de maio de 2020.

Ainda conforme a agência, existem ainda 45 termelétricas em funcionamento, das quais quatro produzem energia com gás natural; 24 com biomassa, sendo 22 com bagaços da cana-de-açúcar; 13 com óleo diesel, três com licor negro (subproduto da indústria química do papel) e uma com resíduos florestais.

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