Gigante do bitcoin montará data center em MS com energia limpa de usinas locais
Centro de dados será alimentado por energia limpa de usinas do Estado
A Tether, uma das maiores empresas globais do setor de criptomoedas, irá instalar um data center de mineração de bitcoin em Mato Grosso do Sul. O projeto utilizará energia limpa, fornecida por duas usinas da Adecoagro localizadas nos municípios de Ivinhema e Angélica.
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Tether e Adecoagro firmam parceria para minerar bitcoin com energia limpa em MS. O projeto utilizará excedentes de energia renovável de usinas da Adecoagro em Ivinhema e Angélica, totalizando 12 megawatts. A iniciativa visa maximizar o valor dos ativos de energia renovável da Adecoagro e diversificar a estratégia energética da Tether. A parceria, formalizada em 3 de julho, representa a união entre agricultura, energia e tecnologia. A Adecoagro, com mais de 230 MW de capacidade de geração elétrica renovável na América do Sul, fornecerá energia limpa para o data center da Tether. O governador Eduardo Riedel anunciou o projeto em junho, destacando o investimento em energia limpa e a construção do data center no estado.
No entanto, o município a ser instalado ainda não foi divulgado. Nesta segunda-feira (28), o governador Eduardo Riedel ao ser questionado sobre a expectativa, falou de um projeto previsto para Iguatemi e que "é um investimento privado e todas as condições que eles precisarem para investimento, nós vamos oferecer", disse durante agenda na Escola Estadual Vereador Cristóvão Silveira, no Jardim Noroeste.
O anúncio da alimentação desse centro de dados com energia limpa disponível em fábrica de MS foi feito no início de junho pelo governador Eduardo Riedel e agora ganha contornos um pouco mais definidos com a formalização de parceria entre Tether e Adecoagro.
A iniciativa, fruto de um Memorando de Entendimento assinado em 3 de julho entre as duas empresas, visa explorar a mineração de criptomoedas utilizando excedentes de energia renovável produzidos pela Adecoagro, que possui usinas industriais no Brasil, em Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
O cofundador e diretor-presidente da Adecoagro, Mariano Bosch, disse que está empolgado com o projeto. “Estamos empolgados em explorar formas inovadoras de maximizar o valor dos nossos ativos de energia renovável. Este projeto abre a porta para estabilizar uma parte da energia que atualmente vendemos no mercado spot, fixando preços e, ao mesmo tempo, ganhando exposição ao potencial de valorização do bitcoin.”
Segundo o chefe de Iniciativas de Negócios da Tether e presidente do Conselho de Administração da Adecoagro, Juan Sartori, essa é uma forma de explorar novos potenciais.
“Essa colaboração entre a Adecoagro e a Tether nos permite explorar uma nova interseção entre agricultura, energia e tecnologia, desbloqueando eficiências potenciais e diversificando nossa estratégia energética de forma responsável e com visão de futuro”, disse.
Conforme comunicado pela empresa de cripto, a Adecoagro possui mais de 230 megawatts (MW) de capacidade de geração elétrica a partir de fontes renováveis em toda a América do Sul. As duas empresas informaram que fornecerão novas atualizações conforme a evolução do projeto.
O governador do Estado Eduardo Riedel havia adiantado no início de junho que o data center será alimentado por 12 megawatts de energia limpa de duas unidades industriais do Estado.
“Acabamos de ver uma empresa sólida de bioenergia que tem duas unidades industriais no Estado e é listada em Nova York (na Bolsa de Valores) ter aporte significativo de uma empresa de bitcoin, que vai construir um data center no Estado para ser alimentado por 12 megawatts (MW) de energia limpa”, disse o governador.
Um data center de bitcoin movido a energia limpa é uma estrutura física equipada com milhares de computadores de alta performance que realizam cálculos complexos para validar transações e gerar novas unidades de bitcoin (mineração), utilizando exclusivamente fontes renováveis de energia, como solar, eólica, biomassa ou hídrica, para funcionar.
A Tether tem a base instalada em Hong Kong, mas suas operações, equipe e decisões estratégicas são globais, com forte presença na Europa e nos Estados Unidos.
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