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Economia

Tradição em MS, churrasco fica até 40% mais caro em um ano

Priscilla Peres | 09/11/2014 11:54
O queridinho do sul-mato-grossense está pesando mais no bolso. (Foto: Marcelo Calazans)
O queridinho do sul-mato-grossense está pesando mais no bolso. (Foto: Marcelo Calazans)

O churrasco, preferido entre os campo-grandenses nos finais de semana, está cerca de 40% mais caro desde o ano passado. Segundo dados do IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande) entre os itens que compõem a refeição, a carne bovina e o tomate foram os que mais encareceram.

O Campo Grande News reuniu o preço dos principais itens do tradicional churrasco dos sul-mato-grossenses, sendo carne bovina, frango, porco, arroz, farinha, vinagrete, refrigerante e cerveja. Os dados são de pesquisa feita pelo Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas) da Universidade Anhanguera-Uniderp.

Entre a carne bovina, a variação vai de -22% até 38% dependendo do corte. Dessa forma, quem consome cupim (-22,21%) e filé mignon (-15,93%) está gastando menos, já quem prefere paleta (46,81%), costela ripa (38,58%), alcatra (35,58%) e picanha (37,34%) está pagando mais caro em relação ao preços de outubro do ano passado.

Entre os cortes de frango, o peito de 1 kg está 10,70% mais barato, mas a coxinha da asa subiu 29,34%. Já o frango (9,19%), asa (8,90%) e peito sem osso (4,22%) subiram menos. Em relação a carne suína a costeleta subiu 35,57%, enquanto o perfil (-7,19%) e a bisteca (-3,30%) caíram. A farinha Yoki de 500g subiu 9,57%, mas a Ponzan de 1 kg ficou 9,57% mais caro.

Família diminuiu os churrascos e agora come mais frango para economizar. (Foto: Simão Nogueira)
Família diminuiu os churrascos e agora come mais frango para economizar. (Foto: Simão Nogueira)

Complementos - O arroz ficou mais caro, mas depende da marca, o Tio Urbano está apenas 2,19% mais caro enquanto que o Tio João e o Tio Lautério subiram quase 20% em um ano. O vinagrete também encareceu, com destaque para o tomate (44,39%), cebola (24,59%), cheiro verde (24,53%) e mandioca (2,19%), só o limão thaiti que ficou 50,43% mais barato.

As bebidas variam um pouco menos, mas também depende da marca. Os refrigerantes guaraná Kuat (13,35%), coca-cola (7,44%), guaraná Antarctica (5,29%) e a Frutilla (4,46%) subiram e apenas a Sukita ficou 9,12% mais barata. Entre as cervejas, a Nova Schin ficou 24,57% mais cara, a Bavária subiu 15,77% e a Bohemia apenas 3,62%.

Para o coordenador do Nepes, professor Celso Corrêa, a carne vermelha é o grande problema do churrasco do campo-grandese, mas há alternativas para quem não abre mão da tradição. "O cupim é um corte muito usado para churrasco e baixou de preço, um alívio para o consumidor. A carne suína e o frango tem apresentado estabilidade nos preços e são opções parar complementar o prato", disse.

A dona de casa Renata Barbosa, 55, e seu marido formam a típica família sul-mato-grossense que semanalmente se reúnem em torno da churrasqueira com a família, porém com os altos preços da carne bovina o jeito é diminuir os encontros e substituir produtos. "Antes a gente reunia a família todo fim de semana, agora são só dois por mês por que ta muito caro. Também estamos comprando mais frango, farofa e mandioca pra complementar o churrasco", afirma ela.

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