Vendas nos supermercados já caíram 15% após a corrida pré-coronavírus
Consumidores mudaram hábitos de consumo e estão priorizando alimentos mais básicos nesta época
Em tempos de pandemia de coronavírus, somente supermercados e farmácias vendem mais? Não necessariamente. Pelo menos é o que aponta balanço da Associação Sul-Matogrossense de Supermercadistas (Amas) que estima queda de 15% nas vendas neste mês em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com o presidente da entidade, Edmilson Veratti, os consumidores também frearam os gastos até de produtos básicos.
A Páscoa já foi um exemplo desta redução nas compras de supérfluos, avalia Veratti. Segundo ele, a data comercializou de 5% a 10% menos que no ano passado. “Na Páscoa as vendas já caíram. Mas na primeira semana de abril teve uma melhora. Mas agora conversando com cliente e lojistas, o temor da perda de renda gera expectativa de economia”, salientou.
Ele destaca que com o aumento do desemprego e fechamento de empresas, a população está receosa em gastar.”Os supermercados projetam queda de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. São muitos desempregados muitos estabelecimentos fechados a população receosa em gastar isto gera nossa estimativa de queda”, acrescentou.
Preços – Com relação aos preços de produtos, o presidente da Amas ressalta que os reajustes ficaram estabilizados em relação ao mês passado. “Variação baixa de 2% a 3% em itens básicos como arroz, feijão”, avaliou.
Já os produtos supérfluos estão tendo redução nos valores diante do menor consumo. “As pessoas estão priorizando os alimentos menos processados e não gastando em supérfluos”, acrescentou o presidente da Amas.
Pesquisa – Pesquisa da consultoria Kantar aponta que com boa parte da população em casa seguindo as ordens de isolamento social dadas pelas autoridades da Saúde e pelo governo, os hábitos de consumo mudaram e, no Brasil, houve retração durante o mês de março. Os dados da pesquisa mostram que após a correria louca nas lojas no início da quarentena houve redução de 8% no gasto total dos consumidores no mês passado, 5% na frequência de viagens aos pontos de venda e 9% na quantidade de itens comprados.
