IFMS implementa programa de saúde mental após mortes em Campo Grande
Reunião emergencial define grupo para diagnosticar demandas de apoio psicológico
Diante de dois episódios envolvendo estudantes em menos de dois meses, o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul anunciou nesta quinta-feira (6) a criação de GT (Grupo de Trabalho) para revisar e ampliar a política de saúde mental na rede. A medida foi formalizada por portaria publicada hoje.
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O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) anunciou a criação de um Grupo de Trabalho para revisar e ampliar a política de saúde mental na instituição, após dois episódios envolvendo estudantes em menos de dois meses. A medida foi formalizada por meio da Portaria nº 1.140/2025. O grupo será composto por representantes dos campi, reitoria e profissionais da área da saúde, tendo 90 dias para apresentar o Programa Institucional de Saúde Mental dos Estudantes e um Protocolo de Atendimento Qualificado em Situações de Sofrimento Psíquico. O Campus Campo Grande já intensificou ações preventivas, incluindo atendimentos psicológicos e parcerias com outras instituições.
A decisão veio após reunião emergencial realizada pela manhã no Campus Campo Grande, conduzida pela reitora Elaine Cassiano. Sem detalhar os casos recentes, a instituição informou que a prioridade é reforçar mecanismos de prevenção e acolhimento.
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“É nosso compromisso assegurar que cada estudante encontre no IFMS condições para aprender, se desenvolver e permanecer estudando. Estamos fortalecendo uma rede de cuidado com responsabilidade, escuta qualificada e respeito às diferentes vivências de nossos jovens”, disse a reitora ao Campo Grande News
O GT será responsável por duas frentes: elaborar o Programa Institucional de Saúde Mental dos Estudantes e definir um Protocolo de Atendimento Qualificado em Situações de Sofrimento Psíquico, com fluxos de encaminhamento e responsabilidades de cada setor. A minuta deve ser apresentada em até 90 dias.
Quem participa
O grupo terá representantes dos campi e da reitoria, além de psicólogos, pedagogos, enfermeiros, assistentes sociais e estudantes. A portaria prevê ainda o convite a especialistas externos, como profissionais da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial) e de órgãos públicos.
Entre as ações previstas estão: diagnóstico das demandas de saúde mental nos campi; mapeamento das fragilidades no atendimento atual; propostas de formação a servidores e estudantes para situações críticas; plano de comunicação voltado ao acolhimento.
Campo Grande amplia atenção
Em nota, o Campus Campo Grande afirmou que tem intensificado ações de prevenção, com atendimentos individuais em psicologia, campanhas contra o bullying e iniciativas de convivência respeitosa. O texto cita ainda parcerias com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) para atividades formativas em saúde mental.
“Vivemos um momento de grande sensibilidade, que exige cuidado coletivo e articulação com as famílias e a rede de proteção. Nosso compromisso é garantir que cada estudante se sinta amparado e protegido”, declarou o diretor-geral da unidade, Dejahyr Lopes.
A instituição diz que seguirá aprimorando o fluxo de atendimento e ampliando parcerias para que as respostas aos casos sejam rápidas, humanizadas e integradas.


