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Educação e Tecnologia

Pela 2º vez, 400 alunos voltam às aulas em antiga pizzaria e ginásio

Obras na Escola Eduardo Perez eram para ser finalizadas em junho e alunos deveriam retornar para prédio hoje

Gabrielle Tavares | 27/07/2022 16:35
Alunos em primeiro dia de aula do ano letivo, em março passado. (Foto: Arquivo/Kísie Ainoã)
Alunos em primeiro dia de aula do ano letivo, em março passado. (Foto: Arquivo/Kísie Ainoã)

Pela segunda vez, cerca de 400 alunos do município de Terenos, localizado a 31 km de Campo Grande, retornaram das férias escolares para aulas no Ginásio de Esportes Municipal Alessandro Rosa Vieira e para prédio de uma antiga pizzaria, e não na sede da Escola Estadual Eduardo Perez.

Devido à reformas na sede da escola, parte dos alunos, 340, estão tendo aulas no ginásio desde março deste ano e o restante, 60, assiste às aulas em uma antiga pizzaria da cidade, no centro, onde também foi instalada a secretaria da escola.

As obras começaram em abril de 2021 e tinha como prazo inicial a conclusão em abril de 2022. Contudo, o período para finalização foi prorrogado para junho deste ano, para os alunos retornarem ao prédio da escola no segundo semestre letivo. O novo prazo venceu neste mês de julho, mas novamente a escola não foi entregue e o prazo prorrogado.

Ginásio foi transformado em sala de aula. (Foto: Arquivo/Kísie Ainoã)
Ginásio foi transformado em sala de aula. (Foto: Arquivo/Kísie Ainoã)

A mãe de uma aluna da escola, de 44 anos, que não quis ser identificada, disse que os alunos sofrem com o calor que faz dentro da unidade. Foi prometido que ventiladores seriam instalados no local e até a fiação foi consertada para comportar os equipamentos, mas até agora eles não foram alocados.

“A escola fez uma reunião com os alunos e com os pais, falando que era para os alunos ficarem só um mês no ginásio, aí depois não deram mais satisfação nenhuma para os pais. Falaram que a empresa ia entregar com 90 dias, mas já estamos terminando julho e até agora nada. O ginásio é muito quente, as crianças ficam lá nesse calor, na sala que minha filha se encontra tem dois ventiladores porque eles mesmo levaram, um de uma professora e outro de aluno, mas tem sala que não tem porque ninguém levou”, relatou.

A escola é de tempo integral, mas desde o início do ano os alunos estão em sistema híbrido: ficam no ginásio até às 12h, almoçam e depois vão para casa, onde têm aula on-line até às 15h30.

Na sede da escola, a mãe alega que as obras continuam devagar, com apenas duas salas concluídas até agora, “as outras estão tudo para terminar”.

“Já terminou as férias e os alunos retornaram hoje para a escola. Não é culpa dos diretores dos professores, porque não é só os alunos que tão sofrendo não. Pessoal da cozinha sofre com a cozinha improvisada, os professores. Nem tem sala de professores lá, improvisaram umas mesinhas e uns armários. Tá difícil para todo mundo, ficam ali todos amontoados”, lamentou.

Alunos durante aula do primeiro semestre letivo, quando divisórias já tinham sido instaladas. (Foto: Reprodução/Facebook)
Alunos durante aula do primeiro semestre letivo, quando divisórias já tinham sido instaladas. (Foto: Reprodução/Facebook)

Em nota, a SED (Secretaria Estadual de Educação) informou que o contrato com a empresa responsável, 2 WL Engenharia, previa prazo de um ano para reforma, com prorrogação por igual período, se necessário. Além disso, afirmou que a fase de acabamento deve ser concluída nas próximas semanas. Os investimentos somam R$ 2.479.655,07.

“Nós passamos uma previsão inicial, mas a comunidade foi informada que poderia ocorrer uma variação neste prazo. Obras de reforma geral, como esta ocorrida na unidade escolar, podem enfrentar problemas no fornecimento de material ou na oferta de mão-de-obra, situações que resultam em mudanças no cronograma de entregas”, afirmou a SED.

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