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Educação e Tecnologia

Perdedor nas eleições, reitor do IFMS é mantido no cargo pelo MEC

Atual reitor, Luiz Simão Staszczak, foi reconduzido até que o ministério analise a vitória da professora Elaine Cassiano

Tainá Jara | 25/11/2019 17:39
Desde que o IFMS foi inaugurado, em 2007, duas consultas públicas foram realizadas para definir a gestão da instituição (Foto: Divulgação)
Desde que o IFMS foi inaugurado, em 2007, duas consultas públicas foram realizadas para definir a gestão da instituição (Foto: Divulgação)

Mesmo perdendo as eleições, o atual reitor do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), Luiz Simão Staszczak, será mantido no cargo pelo ministro da educação, Abraham Weintraub. Conforme a portaria 2.033, de 22 de novembro de 2019, publicada na edição desta segunda-feira, do Diário Oficial da União, o professor fica designado para exercer o cargo de reitor de forma temporário, a partir de hoje.

Luiz assumiu o cargo de reitor depois da primeira consulta pública realizada na instituição, em 2015. Em outubro deste ano, foi realizada nova votação para definir quem ocuparia o cargo, já que o mandato de quatro estava prestes a se encerrar.

Com 29,07% dos votos de estudantes, professores e técnicos-administrativos, a professora de Administração do Campus Campo Grande do IFMS, Elaine Cassiano, foi eleita para cumprir mandato à frente da instituição. Em dez anos, ela é primeira mulher escolhida para o cargo de dirigente máximo do IFMS.

A professora concorreu ao cargo com o atual reitor, que obteve 27,35% dos votos da comunidade, e com o professor Jiyan Yari, também do Campus Campo Grande, que recebeu 9,28% dos votos.

Em nota, o IFMS explicou que como o processo eleitoral em que Elaine Cassiano foi vencedora ainda está em análise pelo MEC (Ministério da Educação) foi necessária nomeação temporária para instituição não ficar sem administração. “(...) Era preciso nomear a partir de hoje um reitor pro tempore - que ficasse entre o final do mandato do professor Simão e o início do mandato da professora Elaine”.

Portanto, o ministério optou por manter o atual reitor temporariamente, até que a nova reitora seja nomeada, por meio de portaria. A opção pelo nome não é obrigatória. “Nós não temos a informação de quando a reitora eleita irá assumir o cargo, uma vez que essa é uma decisão que cabe à Presidência da República”. Exatamente nesta segunda-feira, encerrou-se o mandato do atual reitor.

O IFMS tem dez campi instalados nos municípios de Aquidauana, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã e Três Lagoas. A reitoria, órgão executivo da instituição, está localizada na capital, Campo Grande.

UFGD – Temor quanto à nomeação arbitrária de gestores para administrar as instituições federais de ensino tomou conta de estudantes e servidores do Estado, depois de confusão nas eleições da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), a 233 km de Campo Grande.

Vencedor da eleição interna e primeiro nome na lista tríplice encaminhada em março deste ano a Brasília, o professor Etienne Biasotto até agora não foi nomeado pelo Ministério da Educação.

Em junho, o ministro da Educação nomeou Mirlene Damázio como reitora temporária. Ela nem sequer concorreu nas eleições e, por isto, foi chamada pela comunidade acadêmica de interventora, em referência as nomeações arbitrárias comuns durante o período da Ditadura Brasileira, ocorrida entre os anos de 1964 e 1985.

A medida é vista pela comunidade acadêmica como intervenção na autonomia da universidade, que tem 36 cursos de graduação, 29 de mestrado e 11 de doutorado e em torno de dez mil alunos.

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