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Pesquisa mostra que 4 em cada 10 pais acham que os pequenos ficam horas demais em frente a eletrônicos
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RESUMO
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Pesquisa Datafolha revela que 40% dos responsáveis por crianças de até seis anos acreditam que os pequenos passam tempo demais em frente a telas. Apesar disso, 94% das crianças de 4 a 6 anos e 78% das que têm até 3 anos são expostas diariamente a celulares, tablets e TVs, com média de uso entre 2 e 3 horas diárias, acima do recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. O estudo, encomendado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, aponta que o uso excessivo de telas prejudica a saúde e a socialização das crianças. Muitas famílias reconhecem o problema, mas enfrentam dificuldades para encontrar alternativas. Outro dado alarmante é que 29% dos entrevistados admitem usar punições físicas em crianças pequenas, apesar de apenas 17% acreditarem em sua eficácia.
Quatro em cada dez responsáveis por crianças de até 6 anos acreditam que os pequenos passam tempo demais diante de telas como celulares, tablets e TVs. O dado é de uma pesquisa Datafolha encomendada pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, que ouviu mais de 2 mil pessoas em todo o Brasil.
Apesar da percepção de excesso, a exposição diária a telas é uma realidade para 94% das crianças de 4 a 6 anos e para 78% das que têm até 3 anos. A média de uso fica entre 2 e 3 horas por dia — muito acima do recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que orienta um limite de até 1 hora para crianças de 2 a 5 anos e nenhum tempo de tela para menores de 2 anos.
Entre os responsáveis, 40% afirmam que o tempo em frente às telas é maior do que o ideal, 38% dizem que é adequado e 22% consideram que as crianças usam menos do que deveriam. Os efeitos mais percebidos do uso excessivo são prejuízos à saúde (56%) e à socialização (42%).
A CEO da Fundação Maria Cecilia, Mariana Luz, destaca que muitas famílias enfrentam um dilema: sabem que o uso prolongado não é o ideal, mas nem sempre têm alternativas viáveis. "Existe um reconhecimento de que isso não é bom, mas também que há o uso para além do recomendado. Temos que lidar com a incoerência e entender o contexto", afirma. Ela aponta que, em muitas situações, a tela vira a única alternativa para mães e pais sobrecarregados.
A pesquisa também revela outro dado preocupante: 29% dos entrevistados admitem o uso de punições físicas, como palmadas, mesmo em crianças de até 3 anos. Apenas 17% acreditam que esse tipo de violência funciona — ainda assim, ela persiste em muitos lares.
A primeira infância é considerada uma fase decisiva para o desenvolvimento cerebral e emocional. Até os 6 anos, o cérebro humano realiza cerca de 1 milhão de conexões por segundo. O excesso de telas e o uso de violência nessa fase podem comprometer o desenvolvimento das crianças.
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