ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  10    CAMPO GRANDE 25º

Enquetes

Medo de golpe faz muita gente fugir da tecnologia e manter dinheiro no bolso

Recurso foi lançado em 5 de outubro, mas passou a ter funcionamento integral em 16 de novembro

Anahi Zurutuza e Mariana Rodrigues | 05/03/2021 10:24
Frans Cardozo, 40 anos, faz tudo on-line (Foto: Henrique Kawaminami)
Frans Cardozo, 40 anos, faz tudo on-line (Foto: Henrique Kawaminami)

Na era das transações bancárias on-line e agora, com o advento do Pix, que permite transferências de qualquer valor sem pagar taxas aos bancos, quem ainda anda com dinheiro na carteira? O Campo Grande News foi atrás de saber.

Os participantes da enquete feita na capa do portal on-line ficaram divididos. Perguntamos: “Depois do Pix, você ainda anda com dinheiro na carteira?”. Metade respondeu que não e exatamente outros 50% disse que ainda tem dinheiro em espécie na bolsa ou bolso.

No Instagram do Campo Grande News, o resultado foi um pouco diferente – 69% respondeu que nunca mais precisou sacar dinheiro.

Juliana diz que conhece tecnologia, mas ainda prefere ter dinheiro no bolso (Foto: Henrique Kawaminami)
Juliana diz que conhece tecnologia, mas ainda prefere ter dinheiro no bolso (Foto: Henrique Kawaminami)

Nas ruas da Capital, no 5º dia útil, dia de pagamento para a maioria dos assalariados, encontramos os resistentes aos aplicativos de bancos. A diarista Juliana Kelly Pacheco, de 22 anos, apesar da idade e facilidade com as tecnologias, prefere as notas do Real por um motivo óbvio, recebe pagamentos em dinheiro. Habituada a pagar e comprar tudo o que precisa em “cash”, ela até já conheceu o Pix, mas manteve os antigos costumes. “Prefiro sacar o dinheiro, acho mais seguro”.

A estudante Mariely dos Santos Nunes, de 17 anos, não se sente segura em fazer transações pela internet. “Tenho medo de golpe”. E o motorista Roberto Carlos Ruiz, 48 anos, é outro do time dos desconfiados. “Não uso, prefiro o cartão de débito e quando preciso, saco dinheiro. Fico em dúvida com essas coisas tecnológicas, porque tem muita gente sem vergonha por aí”.

Mariely e Roberto Carlos até têm razão em se preocupar. O golpe não é novo, mas o meio de pagamento sim. A agilidade do Pix facilitou a vida dos estelionatários que sequestram contas de WhatsApp para pedir dinheiro aos contatos na lista. Como o novo sistema permite transferências rápidas e gratuitas a qualquer dia e horário, os criminosos movimentar quantias rapidamente, antes da vítima perceber que caiu em cilada. É preciso ficar atento.

Juliana Pereira prefere a segurança. “Ando com dinheiro, pois e se eu perder o celular, fico como?”.

"Acabou o dinheiro no bolso. Agora é tudo virtual”, afirma Frans Cardozo (Foto: Henrique Kawaminami)
"Acabou o dinheiro no bolso. Agora é tudo virtual”, afirma Frans Cardozo (Foto: Henrique Kawaminami)

Tudo on-line – O Pix foi lançado oficialmente em 5 de outubro, mas passou a ter funcionamento integral em 16 de novembro do ano passado. Desde então, a vendedora Floriza Miguel de Lima, 33 anos, nunca mais foi ao caixa eletrônico. Paga tudo pelo celular. “Mais prático e mais seguro. Gosto muito de facilidade”.

Diana Gauto, 46 anos, também de praticidade. “Muito mais prático do que andar dinheiro no bolso”. O coordenador de vendas externas, Frans Cardozo, 40 anos, concorda com Floriz e Diana. “Uso o Pix pela facilidade, não preciso mais andar com dinheiro, não preciso mais me preocupar se vou ser assaltado. Acabou o dinheiro no bolso. Agora é tudo virtual”.

Nem um, nem outro – Tem por aí também quem não saca dinheiro e nem usa o novo recurso para transferências. Como Nathalia França que, com ou sem Pix, diz: “nunca tenho dinheiro”.

“Que carteira e que dinheiro?”, também questionou Alex no nosso Instagram.

Nos siga no Google Notícias