Qual deve ser a prioridade do projeto de revitalização do Centro da Capital?

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Por Gabriel Neris | 17/07/2025 07:19

Qual deve ser a prioridade do projeto de revitalização do Centro da Capital? — Relógio da 14 de Julho, monumento no Centro de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)

O Campo Grande News propõe uma reflexão: o que o Centro precisa para voltar a ser um lugar vivo, seguro e acolhedor? A enquete desta quinta-feira (17) traz quatro caminhos possíveis:

Incentivos para atrair comércio — Aluguéis mais baixos, redução de impostos e programas para pequenos empreendedores.
Estacionamentos e mobilidade — Investimentos em transporte público, bicicletários e soluções inteligentes para o tráfego.
Mais segurança e presença da GCM (Guarda Civil Metropolitana) — Para combater a sensação de abandono e os pequenos delitos.
Moradia e espaços culturais — Habitação no Centro e reaproveitamento de prédios para teatro, arte e convivência.

Campo Grande debate a revitalização de seu Centro, buscando soluções para o esvaziamento comercial e o abandono. Uma enquete propõe quatro eixos: incentivos fiscais para atrair comércio, melhorias em mobilidade e estacionamento, reforço na segurança e criação de espaços culturais e residenciais.O Centro da Capital, outrora vibrante, sofre com o fechamento de mais de 2.600 empresas entre 2016 e 2023. Projetos de revitalização anteriores, como o calçadão da Rua 14 de Julho, enfrentaram resistência e não impediram a decadência. Prédios históricos, parte da identidade da cidade, encontram-se em ruínas, testemunhando décadas de políticas públicas ineficazes e falta de planejamento urbano.

O coração de Campo Grande pulsa em outro ritmo. Já foi vibrante, com vitrines cheias, cinemas movimentados e calçadas disputadas. Hoje, carrega as marcas de décadas de abandono, de projetos engavetados e da migração do comércio para os shoppings e bairros mais novos. O Centro da Capital, que um dia foi símbolo de progresso, hoje luta para sobreviver.

Segundo levantamento do Campo Grande News, mais de 2.600 empresas fecharam as portas no quadrilátero central entre 2016 e 2023. Os números escancaram o esvaziamento da região, consequência de políticas públicas descontinuadas, falta de planejamento urbano e um modelo de cidade que favorece o uso do carro e o consumo em zonas privadas.

A decadência, no entanto, não apaga a memória. A Rua 14 de Julho, por exemplo, abriga 42 prédios históricos que resistem ao tempo. Muitos estão fechados ou em péssimas condições de conservação, mesmo sendo parte essencial da identidade campo-grandense. A cada janela em ruína, uma lembrança esquecida.

Desde os anos 1990, ao menos quatro projetos prometeram revitalizar o Centro. Poucos saíram do papel, e os que avançaram - como o calçadão na 14 - enfrentaram críticas de comerciantes, perda de vagas de estacionamento e mudanças no fluxo de clientes. A promessa de revitalização virou sinônimo de frustração.

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