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Esportes

“Faz um favor a si mesmo, não ande de taxi na Rússia”

Não existe taxímetro e uma corrida em Moscou pode custar até R$ 2.815, mas o alerta vale para todas as cidades

Paulo Nonato de Souza | 08/05/2018 09:37
Andar de taxi na Rússia pode ser um grande perrengue na hora de pagar a corrida, melhor usar o transporte público (Foto: Divulgação)
Andar de taxi na Rússia pode ser um grande perrengue na hora de pagar a corrida, melhor usar o transporte público (Foto: Divulgação)

Se você já programou ou se ainda está pensando viajar para Rússia e torcer in loco pela Seleção Brasileira na busca pelo sexto título mundial de futebol, melhor ficar em estado de alerta para evitar imprevistos, principalmente com taxistas no país da Copa do Mundo de 2018.

“Faz um favor a si mesmo, não ande de taxi na Rússia”. O alerta de um colega jornalista da Folha de S.Paulo, quando soube que eu iria trabalhar na cobertura da Copa, veio seguido de um depoimento de quem foi sequestrado por um taxista no trajeto entre o Aeroporto Internacional de Sheremetievo e o hotel, em Moscou.

Pelo celular, ele conseguiu avisar sua tradutora, uma russa que havia feito intercâmbio em São Paulo, e ela o salvou do taxista que queria força-lo a pagar uma tarifa muito acima da realidade pela corrida. “Nós temos sérios problemas de segurança no Brasil, mas comparado à Rússia, o Brasil é um paraíso”, disse o colega jornalista.

Portanto, se você pensa que a comunicação possa ser o grande problema, pelo fato de o idioma russo e o alfabeto cirílico serem incompreensíveis para nós latinos, e pela fama de os russos se recusarem a falar inglês mesmo em grandes eventos internacionais, como uma Copa do Mundo, prepare-se porque pegar um taxi pode ser bem mais desagradável.

São muitos os relatos envolvendo taxistas de Moscou, mas vale a recomendação de alerta em todas as cidades. Só na primeira fase, além de Sochi, onde estará concentrada em treinamentos, a Seleção Brasileira passará por Rostov on Don, São Petersburgo e pela capital russa, sedes dos jogos contra Suíca, Costa Rica e Croácia, respectivamente.

O problema começa com o fato de que não existe taxímetro na Rússia. De acordo com relato dos jornalistas Daniel Lisboa e Vinícius Mesquita, do UOL, uma corrida considerada normal entre o Aeroporto Internacional de Sheremetievo até o centro de Moscou custa cerca de 1.000 rublos (R$ 56), mas se o passageiro cair nas mãos de um taxista golpista a mesma corrida pode custar até 8 mil rublos (R$ 450).

Na Copa das Confederações, realizada na Rússia em 2017, teve o caso de um jornalista chileno que foi forçado a pagar 50 mil rublos (R$ 2.815,15) por uma corrida do aeroporto para o centro de Moscou. Ele conseguiu reaver o dinheiro depois de prestar queixa à polícia, mas pode ser que você não tenha a mesma sorte. Então, tenha cuidados.

De acordo com Fábio Aleixo, correspondente da Folha de S.Paulo em Moscou, a capital russa tem três aeroportos: Sheremetievo, Domodedovo e Vnukovo. Em qualquer um deles, bastará aparecer no saguão para ser abordado por taxistas se oferecendo para leva-lo até o centro. Segundo ele, a dica é ignorá-los com um simples “Niet”, não em russo.

No Aeroporto Domodedovo tem estandes de taxi que se apresentam como taxistas oficiais e com preços tabelados, mas a sugestão é que não entre na conversa deles, mesmo que fale russo, porque pela tabela deles a corrida ao centro custará 7 mil rublos (R$ 394).

Além de poder optar pelo transporte público, o metrô, por exemplo, usar o Uber pelo celular com a mesma conta usada no Brasil, outra dica do jornalista Fábio Aleixo, caso esteja em qualquer um dos três aeroportos de Moscou, é procurar pelas estandes das companhias Getty Taxi e Yandex, que são confiáveis e os atendentes falam inglês. Embarcando em taxis de qualquer uma das duas empresas, a corrida até o centro custará no máximo 1.300 rublos (R$ 73).

Se preferir, desde que não tenha muita bagagem, a alternativa pode ser o Aeroexpress, um trem expresso que circula entre o centro de Moscou e os três aeroportos por 500 rublos (R$ 28).

O metrô de Moscou, construído na década de 1930, é uma verdadeira obra de arte, além do preço bastante acessível (Foto: Divulgação)
O metrô de Moscou, construído na década de 1930, é uma verdadeira obra de arte, além do preço bastante acessível (Foto: Divulgação)

ALTERNATIVAS BARATAS - Só chegarei a Rússia no dia 12 de junho. Antes temos a cobertura do último amistoso de preparação da Seleção Brasileira, contra a Áustria, dia 10, em Viena, mas, com base nos relatos dos colegas jornalistas que já estão no país da Copa de 2018, o transporte público, avaliado com nível de excelência, é a opção mais conveniente de se locomover nas cidades russas, principalmente em Moscou.

O sistema metroviário, construído na década de 1930, tem 200 estações espalhadas em 12 linhas. Além de ser uma atração turística à parte, o bilhete custa em torno de R$ 3. Os ônibus circulam 24 horas e também cobrem toda a cidade com o bilhete a R$1,50. Alugar carro? Melhor não, porque o trânsito é caótico e estacionar, além da dificuldade de conseguir uma vaga, é muito caro.

DE OLHO NA COPA - Acompanhe essa e outras notícias sobre a Copa do Mundo todos os dias no canal Copa 2018. O Campo Grande News será o único veículo da imprensa de Mato Grosso do Sul presente na Rússia para a cobertura da 21ª edição da principal competição de futebol entre seleções do planeta.

Pelos relatos dos colegas jornalistas que já estão no país da Copa de 2018, vale a pena andar de metrô em Moscou (Foto: Divulgação)
Pelos relatos dos colegas jornalistas que já estão no país da Copa de 2018, vale a pena andar de metrô em Moscou (Foto: Divulgação)
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