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Cartão vermelho a Cezário completa um ano sob sigilo e com futebol na série D

O ex-presidente da FFMS tem 78 anos, está sob monitoramento eletrônico e passou total de 34 dias preso

Por Lucia Morel | 21/05/2025 08:41
Cartão vermelho a Cezário completa um ano sob sigilo e com futebol na série D
O ex-presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, 78 anos. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

O cartão vermelho contra o comando de Francisco Cezário de Oliveira na FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) completa um ano hoje, agora sob completo sigilo. O processo foi "fechado" pela Justiça, negando qualquer informação sobre as denúncias e as pessoas citadas em desvio de dinheiro que deveria ser investido no incentivo ao esporte que série D, a última na classificação do futebol brasileiro.

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O ex-presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário de Oliveira, completou um ano de afastamento após ser preso na Operação Cartão Vermelho, acusado de lavagem de dinheiro. Ele ficou 34 dias detido e, mesmo após sua soltura, foi identificado mantendo uma federação paralela em sua residência. Cezário, que não aceita sua destituição e recorreu à Justiça, teve seus pedidos negados em instâncias superiores. Sua defesa alega que a acusação é infundada e busca a suspensão de atos administrativos da nova diretoria. A situação permanece em litígio, com a defesa confiante na inocência do ex-dirigente.

Foram quase 3 décadas ditando as regras do futebol sul-mato-grossense que terminaram com a penalidade de expulsão. O ex-presidente da FFMS está sob monitoramento eletrônico desde junho do ano passado e passou total de 34 dias preso sob acusação de lavagem de dinheiro enquanto dirigia a entidade.

Cezário não volta à federação desde 21 de maio do ano passado, quando foi preso na Operação Cartão Vermelho, desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). O ex-presidente e outros integrantes da suposta organização criminosa já denunciada teriam realizado 1,2 mil saques bancários para dissimular a “lavagem” de R$ 3 milhões.

O ex-dirigente voltou a ser preso em 28 de agosto de 2024, depois que o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, através do Gaeco, identificou que ele mantinha uma federação paralela dentro de casa. Na ocasião, foi verificado que Cezário atuava nos bastidores, atuando sobre os “rumos da entidade, articulando com aliados e fazendo reuniões em sua residência com presidentes de clubes e dirigentes esportivos, além de acompanhar de perto as reuniões que ocorriam no âmbito da FFMS”, conforme o Gaeco.

Dessa vez, ele foi solto em 14 de setembro, ou seja, passou 18 dias preso, totalizando 34 entre maio e setembro do ano passado. No mês seguinte, assembleia extraordinária na Federação de Futebol teve 19 votos favoráveis à destituição definitiva dele do cargo e 12 contrários. A votação teve a participação de clubes profissionais, ligas amadoras e membros da entidade.

Francisco Cezário não aceitou e entrou na Justiça afirmando que a Assembleia Geral Extraordinária que o retirou do cargo se baseou em ato nulo.

Até o momento, tanto em primeiro quanto em segundo graus, os pedidos foram negados. Através de sua defesa, Cezário quer a “suspensão da posse, do exercício e da prática de quaisquer atos administrativos, financeiros, representativos e desportivos por parte do presidente eleito e dos membros da diretoria eleita; que não seja expedida,validada ou transmitida à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) qualquer ata da eleição ou de posse da nova diretoria; bem como que seja proibido à FFMS requerer, junto à CBF, qualquer forma de reconhecimento da nova presidência enquanto perdurar a suspensão judicial dos efeitos do pleito”.

A guerra jurídica continua, mas ao menos até agora, o “dono da bola” permanece longe da federação e sem chances de voltar. Indignada com as decisões negativas da Justiça, a defesa do ex-presidente da FFMS pediu comprovações e documentos da atual gestão, feita por Estevão Petrallas, que também respondeu interinamente pela entidade durante o afastamento de Cezário. Ainda não houve deliberação sobre os pedidos.

O advogado Fábio Azato, à frente da defesa do ex-presidente junto com William Maksoud Machado e Ricardo Machado Filho, conversou brevemente com a reportagem sobre o caso. "Esclareço que, por se tratar de processo que tramita em segredo de justiça, não me é permitido fornecer informações ou detalhes sobre a ação em andamento. "

Ele não explicou o motivo do sigilo, mas disse estar confiante. “O que posso afirmar é que, ao longo da instrução processual, ficará comprovada a inocência do Sr. Francisco Cezário de Oliveira em relação à injusta acusação de campanha difamatória. Confiamos plenamente na atuação do Poder Judiciário e na demonstração da verdade dos fatos”, sustentou.

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